A extinção da Equipa de Observação da Cessação das Hostilidades Militares (EMOCHM), sem que esta não conseguisse fazer com que as partes alcançassem o consenso, que conduziria à paz , nem ao desarme da Renamo, leva-me a pensar que o pomo da discórdia mantêm-se inultrapassável.
Sempre disse que a Renamo caso quisesse desarmar fálo-ia sem necessidade de se recorrer a observadores estrangeiros, acontecesse porém que a questão desarmamento das forças residuais da Renamo, fatalmente assumiu o topo das prioridades numa estratégia concebida em sustentar uma política rasteira, cujo objectivo assenta em reivindicar uma potencial partilha do poder.
Mas o poder pertence ao povo moçambicano, que votou legitimando o partido Frelimo o direito de dirigir os negócios do estado.É precisamente aqui nesta muralha edificada pela vontade do povo e da Lei,que toda a utopia estratégica da Renamo esbarra.
O desiderato da Renamo, o poder, não pode ser alcançado com recurso a manobras ardilosas, e muito menos pelo uso da força.Temos uma democracia em estado de maturação , mas já num plano em que os actores políticos deveriam ter assimilado as regras de funcionamento de um estado democrático de direito.
Agora compete ao executivo de Filipe Nyusi ditar o regime de regras e ética aceitáveis universalmente, como forma de desactivar todo um processo do jogo, baseado em espertezas, que a Renamo pretendeu impôr,tendentes a subverter a ordem constituicional.Há que precaver que a política da defesa, polícia,e segurança, não caiam fora de uma ordem, que nos custou imenso edificar.O AGP está enterrado, ou melhor incorporado nas leis do país e não vamos desenterrá-lo , como panaceia com os males que nos afectam.O propósito resta firme na consolidação da democracia.
A confiança política do cidadão depende da coerência com que o governo encara os seus anseios mais profundos, com especial enfoque na política económica, segurança, saúde , educação, habitacão, e direitos humanos.Nenhum desses objectivos deve esmorecer nem permitir-se que sejam inadvertidamente desviados por exigências descabidas, e sem nexo, nem permitir-se que a unidade nacional que muito prezamos, venha a sucumbir às diatribes e ao rufar do batuque tribal ideologizado do líder da oposicão.Afonso Dlhakama tornou inútil o diálogo, como arma política de entendimento plural, banalizando o esforço dos observadores nacionais ,e depois com a sua recorrente narrativa divisionista, lançou um visceral ataque aos alicerces do poder constiuído.Segundo Ba Kim-Moon, Secretario Geral das Nações Unidas“Quando as instituições públicas não conseguem fazer justiça ou proteger os direitos das pessoas, a insegurança e o conflito prevalecem”, E ainda, “que torna-se imperativo o fortalecimento do Estado de Direito para a manutenção da paz, e da segurança internacional.
Moçambique não pode afrouxar a esta tentativa nefasta de abalroar o crescimento económico de 7 a 8 por cento ao ano, e a ordem vigente pelos agentes da desordem.Com tudo isto resta enexpugável o desiderato mais profundo, que nos amalgama à política.
O exercício democrático proporcionado das eleições presidenciais, e para as assembleias provinciais, foram um marco especial nos desígnios dos moçambicanos, testemunhado pela comunidade internacional,com todos os partidos políticos a participaram na gestão eleitoral. É de um cinismo inqualificável questionar a transparência democrática massivamente vivida de quadrantes distintos, pondo em causa o seu mais sublime extasiar do comprometimento político com o pais.
Unidade Nacional, Paz e Progresso
Inacio Natividade
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