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Frelimo: Da Conquista da Independência à Luta Contra a Pobreza

Por admin

A Frelimo desde a sua criação em 25 de Junho de 1962 sofreu metamorfoses e, como em todas as situações de rutura, há aspetos que mudam, e outros que resistem.O partido depois de no Congresso de 1992 abandonar a praxis marxista iniciada em 1975, e adotar a economia de mercado e a social-democracia como ideologia, demonstrou estar acima de todos os adversários políticos juntos, e ser um partido moderno e actualizado.

A causa desta mudança teve a ver com a forma em como servir melhor Moçambique e os moçambicanos.Hoje da Comissão Política ao Comité Central passando às bases, os militantes olham com orgulho o grande salto verificado, e poucos se atrevem a rever-se no passado, tirando aqueles ainda agarrados a convicções temporais.A história do partido foi, é, e está sendo escrita com o testemunho dos seus milhões de membros, simpatizantes, e a sua grande base de apoio rural num processo interegeracional de diálogo, sob a égide da organização interna democrática.O partido não se reconstruiu quer seja com Joaquim Chissano ou Armando Guebuza, e agora Filipe Nyusi.O que houve foi uma inflexão de idéias, em função das novas gerações ao centro do espetro político, resultado de conjunturas políticas e consequentes desafios.

A oposição política porque agarrada à liderança personalizada nunca conseguiu acompanhar o passo, contentando-se a olhar no espelho, sem ver nem crer as metamorfoses do partido Frelimo, constituindo-se alternativas a si própria, com mudanças de lideranças e de estilos.Sendo verdadeira a existência de uma corrente de expressão política contrária ao partido Frelimo, o seu impacto político é fruto inconsequente eivado de circunstancialismos, e não sintoma de desgaste da governação.Nestas eleicões os partidos de oposição são incapazes de pôr em causa a superioridade do partido Frelimo, por o partido no poder oferecer garantias de estabilidade sócio-política e económica,portanto de governabilidade.Trata-se do partido da governação.Os ultracolonialistas com o seu racismo anacrónico, procuram um espaço junto à oposição,sonhando um retorno a esse passado, à custa de um hecatombe político, um tsunami de tamanho invulgar, rezando, e esperando que esse dia chegue.A oposição para sobreviver, deve abandonar o seguidismo em relação à estrangeiros e orientar-se com base nas realidades nacionais. Para a classe pensante nacional, estará sempre ligada a interesses inconfessáveis.Éaqui onde o ónus da questão se reacende, assumindo contornos político culturais, com o partido Frelimo como pólo central , a agigantar-se aglutinando numa só componente as variantes sensibilidades políticas patritóticas existentes.O partido é o único patriota, carregado de moderação e sensatez, e que construiu aquando da luta contra o colonialismo os alicerces da libertação de padrões opressores baseados em normas de gênero.Todos podem ser membros.E ainda bem que assim é.A cultura política inclui a ética, a equidade racial, igualidade do género e tolerância religiosa , para que haja um equilíbrio de idéias.Quem não dispõe de argumentos válidos fica-se pelos escárnios,cliches, chavões esquecendo que vivemos em plena democracia e que a liberdade de expressão implica responsabilidade.Revoluções viveram no seu tempo países incluindo aqueles milenários como a Franca, Inglaterra e Portugal entre outros.A América no seu tempo também viveu a sua revolução.Alguns acusam o partido Frelimo de não ser perfeito, ser monopolizador do poder político.Mas isso é uma insanidade sem fundamento.A perfeição é uma utopia.Os orgãos de soberania repondem por si.O partido Frelimo é constituido de homens e mulheres, empenhados em melhorar a governação e a adequar a legislação ao desafio presente. Apenas seres infra-humanos não cometem erros, mas esses além da utopia nunca existiram.Saber conquistar o poder, consolidá-lo, e tornar o país como referencial de desenvolvimento económico em Africa em plena era global, foi obra de pensadores e de lideranças políticas pragmáticas.A construção de infraestruturas económicas e a redução do desemprego em especial entre os jovens falam por si.Além dos cerca de 3 milhões de empregos criados nos ultimos10 anos, o Programa Estratégico para a Redução da Pobreza Urbana (PERPU), contribuiu para a criação de mais de 190.000 novos empregos beneficiando maioritariamente jovens.Nestas eleições o partido Frelimo não enfrenta desconhecidos.O partido sabe de que matéria são feitos os seus adversários.O acordo de paz recentemente assinado apesar de ferido de incongruências, por imperativo nacional o governo assinou-o.Muitos camaradas não deram o seu agreement e o meu posicionamento é de cepticismo.Como é que Dlhakama e a sua Renamo depois de nos últimos meses andar a matar moçambicanos pede-lhes agora o seu voto? Que despautério!Será que a Renamo julga que os moçambicanos não têm memória?Fatores externos continuam a ter o seu peso na politica moçambicana.Certos paradigmas deveriam ser eliminados a nascença..Nenhum lider politico partidário pode permitir-se a ser idolatrado pela tribo, porque ai a Nação pode um dia morrer. Quando o MDM fala em precariedade de ensino, põe em causa conquistas realizadas do ensino pós-independência em Moçambique.Põe em causa médicos, engenheiros, advogados, economistas, arquitetos, enfermeiros, tecnicos agrários e outras especialidades que o país foi formando nos últimos anos.

PS- Inácio Natividade. Como autor do texto reservo-me no direito legal de não permitir que mesmo seja transcrito parcial ou totalmente por outro jornal ou blog que não seja Jornal domingo.Assim como me reservo no direito de impedir legalmente em acordância com o jornal domingo, que o mesmo seja reproduzido indirectamente sob qualquer pretexto na rede de motor de busca google.

Inácio Natividade

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