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TRAC: derrotada e resignada

Por admin

Texto de Abibo Selemane

. A rede de vedação da N4 não será mais recolocada

A Trans African Concession (TRAC) mostra-se agastada com a destruição sistemática da rede de protecção da Estrada Nacional N° 4, no bairro Luís Cabral, na cidade de Maputo.

A TRAC está mesmo derrotada e resignada. domingo soube que a rede de vedação não será mais recolocada, medida que visa a redução de canalização de recursos sem retorno visível.

A concessionária da N4 defende que com rede de protecção, ou sem ela, continuará haver registo de indivíduos mortos por atropelamento por não seguirem as regras de travessia de estrada estabelecidas para aquele local.

De referir que a mesma foi colocada pela primeira vez entre os anos de 1998 a 1999, com o objectivo de obrigar cidadãos, sobretudo residentes nos bairros atravessados pela EN4, a passarem sobre as pontes.

A medida visava evitar atropelamentos devido ao maior fluxo de viaturas de pequena e grande tonelagem com destino nacional ou internacional.

A TRAC tinha então decidido que a vedação deveria funcionar durante um período de cinco anos, alegadamente porque este seria o tempo suficiente que diferentes famílias daquela zona conhecessem as vantagens daquele meio e os riscos subjacentes à travessia sem os mesmos.

O tempo se arrastou até aos dias de hoje. Mesmo reconhecendo que aquela barreira desempenhava papel muito importante, os jovens do bairro Luís Cabral retiravam, sistematicamente, a rede de protecção.

Mesmo face à estas circunstâncias a TRAC sempre envidou esforços no sentido garantir a segurança , recolocando a barreira sempre que fosse removida. Volvidos 17 anos, a concessionária da N4 já se rendeu às evidências, optando por atirar a toalha ao chão perante o comportamento dos vândalos.

Contudo, o director de Centro de Manutenção da TRAC em Maputo, Fenias Mazive, garantiu à nossa Reportagem que a sua direcção continuará a fazer manutenção da vedação dos sítios onde a rede nunca foi removida como é o caso do Hospital Geral José Macamo, assim como no troço Casa Branca/Shoprite da Matola.

REABILITAÇÃO DA EN4

A TRAC vai levar a cabo, a partir deste ano, obras de reabilitação e alargamento de algumas parcelas da EN4. Com efeito inicia no mês em curso a reabilitação de um troço de 7 quilómetros que compreende Shoprite da Matola/Malhampsene, no Município da Matola. Actualmente decorre o processo de avaliação das propostas dos empreiteiros concorrentes.

Dados em nosso poder dão conta que a selecção dos vencedores poderá ser feita ainda este mês para posteriormente iniciarem os trabalhos. Depois daquela parcela, ainda este ano, no último trimestre, iniciarão as obras de reabilitação de 39 quilómetros de estrada entre o Posto Administrativo de Ressano Garcia até Moamba, província de Maputo.

Próximo ano arrancarão as obras de reabilitação e alargamento da parcela Shoprite da Matola/Maputo. Os trabalhos consistirão na construção de uma faixa de rodagem para cada sentido, reabilitação da estrada, assim como o alargamento das pontes tanto as metálicas (dos peões), assim como aquelas que por baixo (para comboios).   

Para a prossecução destas obras, a TRAC está a manter contactos com as empresas cujas infra-estruturas poderão ser afectadas pelo projecto, nomeadamente a Electricidade de Moçambique, Caminhos de Ferro de Moçambique, Águas de Moçambique, Telecomunicações de Moçambique, as telefonias móveis, entre várias que desenvolvem a sua actividade naquela via.

Em termos de habitações por destruir, só na “Casa Branca” serão afectadas cerca de 53 famílias. Dados em nosso poder dão conta que até ao momento nenhuma família foi contactada.

TROÇO TCHUMENE/MOAMBA FINALIZADO

As obras de reabilitação do troço Tchumene- Moamba, serão concluídas ainda este mês. A báscula só será aberta no próximo mês de Abril do ano corrente.

De referir que as mesmas iniciaram em Outubro de 2013 e estão a cargo da empreitada WBHO com um contrato orçado em 1147 mil milhões de meticais.

Os trabalhos consistiram na reciclagem e estabilização das camadas da base e sub-base do pavimento com espessuras mínimas de 200 milímetros e 300 em zonas localizadas, para além da construção de uma nova base de 150 milímetros em pedra e de camada de desgaste com 45 milímetros de asfalto médio modificado.

Fotos de Jerónimo Muianga

Texto de Abibo Selemane

habsulei@gmail.com

 

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