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Munícipes pedem celeridade e abrangência na recolha do lixo

Por admin

Residentes da cidade de Chimoio, capital da província de Manica, pedem ao município local que trace estratégias práticas e concretas que possam permitir que o processo de recolha de resíduos sólidos decorra de forma célere e mais abrangente.

É que muitos bairros daquela urbe não beneficiam de serviços de saneamento do meio, o que tem tornando a cidade cada vez mais suja. O problema deixa os munícipes bastante enfurecidos e o grito de socorro vem de todos lados. A preocupação foi apresentada no decurso da VI Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Chimoio (AMC), que teve a duração de três dias.

Na ocasião, representantes de alguns bairros presentes na sessão repudiaram a forma como é feita a recolha de lixo pelo município, tendo dito que a remoção de resíduos sólidos tem sido morosa.

Disseram que os serviços abrangem apenas a zona de cimento. Nos bairros periféricos da cidade, o transporte é feito uma vez por semana e em quantidade reduzida. Devidos a falta de saneamento muitos bairros tornam-se mundos perigando a vida população, sobretudo na época chuvosa.

Os bairros Cinco, Chinfura, 25 de Junho, Centro Hípico são os mais problemáticos. Quando chove a situação torna-se mais grave devido a deficiência das vias se acesso para locais de armazenamento do lixo. As viaturas do Conselho Municipal não podem chegar as lixeiras para sua remoção.

Para combater ou minimizar este e outros males que destroem a beleza da cidade de Chimoio, João Simões, defende que o município de Chimoio devia optar pela descentralização, entregando todos meios circulantes destinados a recolha do lixo às sedes das localidades. A ideia visa permitir que cada sede faça sua gestão e oferecer serviços de qualidade aos cidadãos.

A cidade de Chimoio possui trinta e três bairros divididos em três postos administrativos. É habitada por mais de 230 habitantes. Aquele residente disse que devido a incapacidade demonstrada pela edilidade, os meios devem ser alocados as estruturas dos postos administrativo, o fará com que as estruturas dos bairros estejam envolvidos directamente na gestão de resíduos sólidos, olhando com maior atenção as zonas que fazem parte da sua jurisdição.

Esta medida é uma das formas encontradas para combater a imundice que arrasa alguns bairros daquela cidade. De acordo com aquele cidadão, está claro que o problema do lixo é uma realidade e medidas urgentes devem ser tomadas para travar este mal que ameaça a saúde pública.

“O município não está  a conseguir dar resposta àquilo que são as preocupações dos residentes em relação ao lixo. Essa é uma realidade que todos sabemos. O que pode ser feito como uma das possíveis saídas é que se atribuam todos meios para que cada um dos postos administrativos faça a sua parte dentro da sua comunidade. Isso poderá ajudar a resolver o problema. Acreditamos que se isso for feito, cada posto tudo fará para se tornar mais limpo”, sublinhou aquele cidadão que arrancou aplausos dos presentes.

Por seu turno, Raul Bruno, também munícipe de Chimoio , sugere que cada residente faça gestão dentro da sua residência, enterrando o lixo no seus próprios quintal. Esta experiência, segundo ele, acontece em outras cidade do país e os resultados são bastante visíveis.

“ Enquanto não tivermos meios penso que cada munícipe pode tratar o lixo dentro da sua residência, abrindo covas para sua conservação. É uma experiência que está trazer bons resultados noutros municípios. Portanto, é um desafio que deve ser levado a cabo nas nossas comunidades. Podemos ter dificuldades nos primeiros dias, mas com andar do tempo a população poderá adaptar-se a essa realidade e teremos os nossos bairros limpos”, referiu.

Entretanto, o vereador para área de saneamento e ambiente no Conselho Municipal de Chimoio, António Diakos, reconheceu as dificuldades existentes na recolha do lixo. Porém, avança que este problema deve-se à falta de meios circulantes suficientes que possam permitir que os trabalhos decorram sem grandes sobressaltos.

Explicou que uma das medidas encontrada foi a colocação de contentores nas lixeiras dos bairros. Mas isso não é suficiente porque o seu transporte é feito com poucas viaturas. Devido a falta destes meios, muitos contentores permanecem dias com resíduos sólidos sem, no entanto, serem delidos.

Sobre a atribuição de meios as sedes dos postos administrativos, o vereador António Diakos explicou que é uma questão que será analisada e em momento oportuno será tomada a decisão. 

Enquanto se aguarda pela deliberação sobre a descentralização dos meios, o município desenvolve campanhas de sensibilização que visam transmitir aos munícipes mensagens sobre o tratamento do lixo nas comunidades. Está iniciativa está ser implementada em alguns bairros considerados mais críticos. Recorde-se que no passado Chimoio foi considerada a cidade mais limpa do país. Hoje está longe de reconquistar este estatuto.

Domingos Boaventura

mingoboav@gmail.com

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