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Lutando contra a TB

Por admin

domingoouviu estórias de algumas pessoas vivendo com a tuberculose e que lutam para superar este mal. São assistidos pela “Médicos Sem Fronteira”, uma Organização Não-Governamental virada para a área de Saúde.

 Em conversa com o nosso jornal, os entrevistados contaram como descobriram que tinha a doença e como estão a lidar com esta realidade hoje. Um dos depoimentos é de uma mulher que vive há sensivelmente sete anos com a doença. No ano passado, lhe foi diagnosticada a tuberculose resistente. Mas dada a sua força de vontade de superar a doença, hoje é uma referência positiva na luta contra a patologia. Falámos de Carla Abdulah, 45 anos de idade.

Carla contraiu tuberculose resistente no ano passado. Contou que lutou muito para cumprir com os dois anos de tratamento.

Segundo nos contou, a sua história com a tuberculose iniciou há sete anos quando, a dada altura, passou por crises de saúde consecutivas.

Em 2007, andei com febres, que não passavam, e muito calor. O médico-geral mandou-me fazer teste de tuberculose que deu negativo. Porém, dada a persistência dos sintomas, ele mandou-me a pneumologia e lá a médica mandou-me fazer novamente o teste. Acusou positivo”, disse.

Carla cumpriu com os seis meses de tratamento. Entretanto, um ano depois, em 2009, voltou a contrair a doença e teve de fazer novo tratamento. Este episódio viria a repetir-se em 2010, por duas vezes.

Inconformados com a situação, os médicos recomendaram-lhe que fizesse mais um teste, desta feita contra a tuberculose multirresistente. O resultado foi positivo.

Em 2013, foi lhe diagnosticado a TB multidrogas, ou seja, tuberculose resistente a medicamentos. “Não foi fácil para mim aceitar que tinha que interromper o tratamento que estava a fazer e começar outro contra TB multi-resistente. Pensei em desistir, mas fui até ao fim. Tive apoio da minha psicóloga, que conversou muito comigo”, afirmou.

Carla, por estes dias, é uma pessoa feliz apesar de usar um aparelho para lhe auxiliar a audição. Disse-nos que a medicação afectou-lhe também a visão. Ao longo do tratamento, a nossa entrevistada chegou a pesar 30 quilogramas. “Tinha que tomar 14 comprimidos por dia. Mal comia, porque os comprimidos deixavam-me sem apetite”.

 Entretanto não foi só a sua saúde que foi afectada. Por causa doença, ela perdeu o seu último emprego. A expectativa é conseguir novo emprego quando estiver completamente curada.

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