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Aulas arrancam amanhã

Por admin

As aulas para o ano lectivo 2015 arrancam amanhã em todo o país. Para o presente ano estão matriculados um total de 6 milhões 826 mil e 606 alunos no Sistema Nacional de Educação que abrange alunos da 1ª a 12ª classe do ensino geral.

Destes 5 milhões estão matriculados no ensino primário do 1º e 2º grau (EP 1 e 2) que leccionam da primeira à sétima classes.

O ensino secundário ao nível do primeiro ciclo (8ª a 10ª classes) irá absorver 751 mil alunos, enquanto o segundo ciclo (11ª a 12ª classes) têm matriculado um total de 222 mil alunos.

As aulas serão ministradas por mais de oito mil professores contratados para os diversos níveis e áreas de ensino.

O sector da Educação possui um total de 17 mil escolas das quais 11 mil 875 do ensino primário e 600 do ensino secundário.

A cerimónia de abertura do ano lectivo escolar 2015 teve lugar na cidade de Lichinga, província de Niassa e foi orientada pelo Ministro da Educação e Desenvolvimento Humano, Jorge Ferrão.

Ferrão apelou na ocasião a toda sociedade para que participe no processo de ensino e educação das crianças e jovens moçambicanos.

Apesar de ter destacado os progressos verificados ao longo dos anos anteriores, reconheceu também existência de desafios na construção de salas de aula e apetrechamento em carteiras.

Para além de Jorge Ferrão que dirigiu o evento estiveram o Governador da Província do Niassa, Arlindo Chilundo, o Director-Ajunto para o Ensino Secundário, José Pereira, entre outros quadros no Ministério e provinciais.

LIVRO ESCOLAR A CAMINHO DA ESCOLA

Tal como referimos na edição passada, citando o porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, Eurico Banze, o livro escolar já estava em quase todas as 141 sedes distritais. Segundo a fonte, exceptuando alguns pontos das províncias da Zambézia, Tete e Nampula, devido a intransitabilidade das vias.

O desafio é levar o livro das sedes distritais para as escolas de modo que no primeiro dia de aulas os alunos tenham o livro na mão, referiu Banze.

A fonte reconheceu que o período chuvoso está a criar embaraços no processo da abertura do ano lectivo, pois alguns distritos ainda não receberam o livro escolar.

Para fazer face à situação, estamos a articular com o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), no quadro de gestão de emergência, para eles transportem o livro aos locais de difícil acesso através de méis terrestres, fluviais e aéreos, garantiu Banze.                                                    

São pouco mais de 13 milhões de livros escolares adquiridos que serão distribuídos pelas escolas de todo o país. Os livros estão a ser entregues através dos portos de Maputo, Nacala, Quelimane e Beira e custaram 23 milhões de meticais aos cofres do Estado. A estes serão adicionados os livros recolhidos aos alunos da 4ª a 7ª classe para entregar a outros alunos.

No total dos 13 milhões de livros, cinco serão alocados aos alunos da 1ª e 2ª classe, enquanto da 3ª a 7ª classe terão uma reposição entre 30 a 45 por cento.

Em termos de posicionamento a província da Zambézia recebeu 3 milhões 139 mil livros, seguido de Nampula 2 milhões 210 mil, Tete 1 milhão 169 mil livros e Sofala 1 milhão 025 mil livros escolares.

As restantes províncias Niassa: 731 mil, Cabo Delgado: 882 mil, Manica: 967 mil, Inhambane: 780 mil, Gaza: 709 mil, Província de Maputo: 824 mil e Cidade de Maputo: 442 mil livros.    

30 MIL TURMAS AO RELENTO

Mais de 30 mil turmas terão de estudar ao relento em Moçambique, em resultado da destruição de cerca de duas mil salas de aulas pelas cheias que assolam o país. A intensidade com que a chuva caiu em determinadas zonas nos últimos tempos teve implicações na área da educação. Temos pouco mais de duas mil salas de aulas destruídas, disse o porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, Eurico Banze.

Segundo Eurico Banze, 650 escolas ficaram afectadas pelas enxurradas em todo país e faltam mais de 800 mil carteiras em várias instituições de ensino em Moçambique. Temos consciência de que, infelizmente, teremos crianças a estudarem de baixo de uma árvore e também crianças sem carteiras, lamentou o porta-voz, garantindo que o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano está a tentar reverter a situação.

Como alternativa, um pouco por todo país, as autoridades moçambicanas estão a improvisar tendas para garantir o início das aulas.

 

  

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