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Raparigas consomem mais droga que rapazes

Por Jornal domingo
  • Indicam dados do Gabinete Central de Prevenção e Combate à Droga (GCPCD)

TEXTO DE JORGE RUNGO

FOTOS DE CARLOS UQUEIO

Dos 15.122 pacientes atendidos em unidades sanitárias, no ano passado, 8167 eram do sexo feminino e os restantes 6955 rapazes, ou seja, há mais 1212 meninas a consumir droga em relação aos rapazes. O que mais preocupa é que grande parte destes são adolescentes e jovens, com idades que variam de 15 a 35 anos.

Ao que a nossa Reportagem apurou, a maior parte destes rapazes e meninas teve o seu primeiro contacto com substâncias psicotrópicas e álcool em pleno recinto escolar e, mais inusitado ainda, é o facto de ter recebido a primeira dose a partir de vendedores de biscoitos e rebuçados que se posicionam nas entradas e cercanias das escolas.

António Vaz, porta-voz do Gabinete Central de Prevenção e Combate à Droga (GCPCD)

Espevitados por colegas que já experimentaram, inclusive, bebidas com alto percentual de álcool e drogas mais pesadas, como a heroína, os iniciantes são induzidos a provar biscoitos, rebuçados, entre outros produtos impregnados de “cannabis sativa” (soruma), ou outra droga leve, que é vendida em plena luz do dia.

O negócio funciona de forma mais ou menos camuflada, mas parte dos alunos das escolas secundárias dos principais centros urbanos sabe que, no intervalo de lanche, o vendedor fará a pergunta “mágica”: “quer com ou sem?”.

Depois do primeiro contacto, que deixa os adolescentes eufóricos, inicia uma aventura de degradação mental que se vai agravando, uma vez que muitos associam o consumo de droga ao álcool e, mais adiante, fazem misturas cada vez mais complexas. Leia mais…

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