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Frelimo “acerta passo” rumo à vitória nas eleições de Outubro

Por admin

O Comité Central (CC) da Frelimo aprovou recentemente, para além do Manifesto Eleitoral, as recomendações efectuadas pelos delegados à IX Conferência Nacional de Quadros, de entre as quais se destaca a necessidade de tornar os desafios que o partido enfrenta como oportunidades para melhorar o seu desempenho e responder aos anseios do povo.

Para realizar este objectivo, os militantes da Frelimo entendem que é preciso ajustar a acção dos órgãos do partido às exigências actuais, tendo em conta os desafios conjunturais, bem como se impõe o envolvimento de “camaradas” com perfil adequado para abordar questões específicas com determinados grupos sociais.

No rol das recomendações avançadas pelos quadros da Frelimo, durante a Conferência Nacional, e agora adoptados pelo CC, salienta-se ainda a necessidade de se acelerar o processo de redimensionamento das células “para facilitar a distribuição de tarefas aos membros do partido e transformar-se este momento em momento de festa, envolvendo as comunidades neste grande movimento”.

Importa referir que a Sessão Extraordinária do CC decorreu sob o lema “A vitória prepara-se, a vitória organiza-se”, daí que grande parte das reflexões e contribuições convergiram na linha da introdução de um conjunto de elementos inovadores que se acredita possam contribuir para sofisticar alguns métodos e estratégias de acção de cada militante assim como da colectividade, com os olhos postos nas próximas eleições gerais.

Ainda no decurso das duas últimas reuniões, realizadas na Matola, os militantes da Frelimo recomendaram o melhoramento do processo de selecção dos membros das brigadas (durante a fase eleitoral) e assegurar a sua permanência nos locais de votação, bem como a necessidade de se efectuar o recenseamento dos membros do partido, antes do início da Campanha Eleitoral.

 O CC orientou ainda as estruturas do partido a todos níveis para liderarem o processo de divulgação massiva do Manifesto Eleitoral da Frelimo, como forma de assegurar que o eleitorado tenha conhecimento e se identifique com as prioridades de governação deste partido para o período 2015-2019. Os comités provinciais foram instados a assegurar a abordagem de aspectos específicos da província durante o processo da campanha eleitoral.

Para além disso, os “camaradas” foram desafiados a passar a valorizar, priorizar e potenciar o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (redes sociais), como meio de disseminação da mensagem sobre as realizações do partido, do Manifesto Eleitoral e promoção da imagem do candidato da Frelimo, Filipe Nyusi. 

No entanto, conforme apurou o domingo,foi igualmente advogada a necessidade de incorporar no discurso político dos militantes da Frelimo, durante a campanha, o compromisso desta formação política “no combate a condutas/práticas ilícitas com recurso as tecnologias de comunicação e informação”, os chamados crimes cibernéticos.

Só quem não conhece profundezas

da Frelimo pode vaticinar cisão

– Armando Guebuza, presidente da Frelimo no acto de encerramento da I Sessão Extraordinária do Comité Central 

O Presidente da Frelimo, Armando Guebuza, considera que os debates internos têm a função de iluminar o caminho a seguir e conferem maior vitalidade aos órgãos do partido e das respectivas organizações de massas.

Falando no decurso da cerimónia de encerramento da I Sessão Extraordinária do Comité Central da Frelimo realizada há dias, na Matola, o Presidente da Frelimo afirmou que tal como foi testemunhado na III Sessão do CC , que teve lugar de 27 de Fevereiro a 2 de Março do ano em curso, os que vaticinavam o fim ou a cisão da nossa gloriosa Frelimo, porque não nos conhecem nas nossas profundezas, ficaram surpreendidos com a imagem que todos projectamos, no fim dos nossos acesos debates, uma imagem de uma Frelimo coesa e à volta do seu candidato , o camarada Filipe Nyusi”.

Guebuza debruçou-se ainda sobre o devir e os fundamentos do espírito democrático que reina neste partido, sublinhando que em Moçambique “ “como testemunha o nosso percurso histórico, a Frelimo é o partido da democracia e das práticas democráticas”.   

“A Frelimo nasceu democraticamente da vontade dos moçambicanos de se unirem para darem resposta ao chamamento da sua pátria, injusta e teimosamente ocupada pelo invasor colonial. Democraticamente, a Frelimo adoptou o método de eleição, em voto secreto, dos seus dirigentes, desde 1962. Desde então, até aos dias de hoje, realizamos, de forma regular, eleições internas, sob o signo de renovação e continuidade. As eleições do dia 2 de Março deste ano, nas quais o camarada Filipe emergiu como nosso candidato, enquadram-se neste prisma”, disse Guebuza.

Para o Presidente da Frelimo, a democracia apregoada e praticada no seio deste partido “associa-se ao nosso compromisso com a valorização da pessoa humana, suas ideias e contribuições para o crescimento qualitativo das nossas acções, para se constituírem em pedestais, fundamentais para o exercício da liberdade de expressão e de opinião, dentro da Frelimo. Estas liberdades, por sua vez, criam o ambiente político para debates abertos, frontais e francos, tendo como princípio orientador a unidade-critica-unidade”, realçou.  

Armando Guebuza referiu ainda que no seio da Frelimo, a democracia não é algo que foi sendo acoplado aos valores do partido, nem algo que foi inscrito em notas de rodapé das nossas práticas do quotidiano e “nem é uma encenação política que ensaiamos para terceiros”.  

“Para nós, a democracia integra os valores que definem a nossa cultura política e enforma a nossa forma de estar e de fazer política. Nós somos fruto e promotores da democracia, uma democracia que temos estado a cultivar, ao longo da nossa cinquentenária existência”, sublinhou Guebuza.      

Jovens são parte da agenda de governação

– Filipe Nyusi, candidato da Frelimo

O candidato da Frelimo, Filipe Jacinto Nyusi, considera que o manifesto eleitoral para 2014/19 recentemente aprovado pelo Comité Central (CC)  procura responder a dinâmica, crescimento e desafios mais actuais do país.

Nyusi que falava instantes depois do encerramento da I Sessão Extraordinária do CC, que se realiza depois da sua eleição como candidato do partido no poder para as eleições de 15 de Outubro, debruçou-se em torno de algumas linhas orientadoras do Manifesto, as quais estão alicerçadas na busca contínua do bem-estar do cidadão e combate a pobreza.

Aliás, o candidato da Frelimo referiu que nas suas visitas tem estado a privilegiar o contacto com a camada jovem, transmitindo mensagens de esperança e encorajamento para que se envolvam activamente na luta contra todos os obstáculos ao desenvolvimento integral de Moçambique.

“Os jovens são parte integrante da nossa agenda de trabalho e de governação. Acreditamos na força e papel que esta camada pode desempenhar na busca de soluções para darmos continuidade aos ideais e obras de Mondlane, Machel, Chissano e Guebuza, frisou o candidato Filipe Nyusi.  

Respeitar a vontade popular

– Marcelino dos Santos, Veterano da Frelimo

O membro do Comité Central, Marcelino dos Santos, manifestou o desejo de ver os camaradas a assumirem correctamente as recomendações da 9ª Conferência Nacional de Quadros e as conclusões da 1ª Sessão Extraordinária do Comité Central, pois se isso acontecer permitirá que os moçambicanos reforcem a unidade nacional e outros valores apregoados pela Frelimo.

“Agora vamos trabalhar juntos e unidos, sabendo que estamos a lutar para combater a pobreza para o bem do povo moçambicano, do Rovuma ao Maputo, incluindo dos partidos da oposição, que também devem ser libertados dos seus problemas”, disse o veterano da Frelimo.

Marcelino dos Santos defende uma maior mobilização dos seus camaradas para que repliquem as mensagens da Frelimo, desde que estas “se inspirem e exprimam a vontade e anseios do povo moçambicano”, de modo a atrair o voto dos potenciais eleitores com destaque para a juventude.

“Sempre que o partido reúne, nós saímos mais coesos e fortalecidos e desta vez solidificou-se a convicção de que a vitória nas eleições de Outubro próximo está assegurada e isso vai representar, naturalmente, o triunfo do povo moçambicano”, disse dos Santos.

Um manifesto que responda à dinâmica do país

– Cadmiel Muthemba, membro da Comissão Política da Frelimo

Cadmiel Muthemba considera que no substrato do manifesto eleitoral aprovado recentemente pelo CC está o programa do partido Frelimo que foi aprovado no X Congresso.

“Teremos um manifesto que privilegia a continuidade, com algumas mudanças, para responder à dinâmica actual do desenvolvimento do país. Por isso, este documento vai procurar responder às actuais exigências do povo moçambicano”, aclarou Muthemba.   

Muthemba fez questão de dizer que os níveis de pobreza reduziram bastante no país nos últimos dez anos. No entanto, apontou a problemática dos transportes nos principais centros urbanos como algo que requer uma solução a breve trecho.

Manifesto de exortação do povo

– Manuel Tomé, membro do Comité Central

Manuel Tomé, membro do Comité Central da Frelimo, considera o manifesto eleitoral deste partido para as eleições presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais, de 15 de Outubro próximo, como sendo um documento bastante rico, cujas linhas gerais vão ao encontro das expectativas da população moçambicana.

Para Tomé, o Manifesto tem a particularidade de ser um documento de exortação e mobilização dos cidadãos para apostarem na Frelimo e no seu candidato presidencial, Filipe Jacinto Nyusi.

“Estamos muito entusiasmados com o documento que acabamos de aprovar, pois, expressa a convicção que temos de que vamos ganhar as eleições, até porque o nosso candidato presidencial traz uma nova abordagem da situação política económica e social do país”,disse Manuel Tomé, sublinhando que este documento espelha igualmente aquilo que vai ser a governação da Frelimo e do seu candidato nos próximos cinco anos.

Acrescentou que o documento aprovado expressa também as linhas de força que vão nortear a governação no próximo mandato, onde o destaque vai para a contínua formação de quadros a vários níveis, maiores investimentos nos sectores de educação e saúde, criação de condições para geração de mais emprego e habitação para a juventude, bem como a construção de mais infra-estruturas sociais, para a garantia do bem-estar das populações.

José Sixpence, Jaime Cumbana e Domingos Nhaule  

Fotos de Alfredo Mueche e Jerónimo Muianga (fotos)

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