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UM IMPERADOR PERDIDO EM M SANTUNGIRA!?

Por admin

Não sei porquê, mas a forma como vive, se apresenta e recebe os seus hóspedes o Líder da RENAMO, no seu “Santuário” e a extravagância que tem, de teimar em transformá-lo (Santungira 

 

(ou lá como se chama o Povoado) em sede do seu “Império”, exigindo que toda gente (incluído o Governo de Moçambique) lhe vá prestar vassalagem naquele seu “beco-sem-saida”, lembra-me o comportamento dos Imperadores. Tudo leva-me a acreditar que, para o Líder da RENAMO, ser Imperador é o seu sonho de infância. Ver e analisar os seus pronunciamentos durante os dias que durou a concentração dos seus Aduladores naquele seu “HARÉM” semana passada é simplesmente atormentador! Dos Imperadores Africanos que ouvi falar dos seus feitos através da comunicação social, marcaram-me negativamente, dois: Idi Amin Dada de Uganda, um dos déspotas mais sanguinários de que há memória no nosso continente, tendo sido denunciado dentro e fora da regiãopor matar dezenas de milhares de pessoas duranteo seu governo, e Jean-Bédel Bokassa da Republica Centro Africana. Sobre Idi Amin Dada de Uganda, conta-se que depois de expulsar mais de 90 mil asiáticos maioritariamente comerciantes, condicionou receber uma enviada da Rainha da Inglaterra que pretendia mediar a questão, que ela (enviada), devia percorrer uma certa distância arrastando-se de joelhos até junto do “Big Boss”. Ele fez mutas esquisitices, porém, tendo em conta a exiguidade do meu espaço, fica para uma próxima oportunidade. Sobre Bokassa, foi um verdadeiro “verdugo” que subjugou o Povo Centro-Africano durante 16 dolorosos anos. (Lembrados que o Líder da RENAMO também semeou terror neste Pais durante 16 doloroso anos). Segundo dados que consegui apurar, Jean-Bédel Bokassa, desgovernou a Republica Centro-Africana, durante 13 anos, (1966/1979), nos quais teve 17 esposas e mais de 50 filhos.(Não sei quantas esposas nem quantos filhos tem o Imperador de Santugngira).Bédel Bokassa coroou-seimperador em 1977 numa cerimónia luxuosa (e, pelosvistos, bem fajuto presumo),inspirada na coroação de seu ídolo Napoleão Bonaparte. A festança custou mais de 10 milhões de dólares. Para a coroação, Bokassa chegou numa carruagem enfeitada de ouro de 8 toneladas usando um manto de nove metros de veludo púrpura que pesava mais de 30 quilos. Sem contar com os sapatos de pérola. O trono tinha a forma de uma águia com 3 metros de altura por 4 metros de largura ea sua pesada coroa também trazia a imagem daquela aveem ouro. O imperador pagou as despesas de viagem dos 3 mil convidados de outros países e construiu um Bairro com modernas casas pré-fabricadas só para alojá-los. Quando as tropas francesas o depuseram, em 1979 correram boatos de que oscongeladoresdo palácio estavam cheios de órgãos humanos. Bokassatambém possuía um Jardim Zoológico particular com crocodilos que, segundo um empregado, eram alimentados com os corpos dos seus inimigos.Não consigo compreender o prazer que impele os Imperadores de todo o mundo de se agradarem com o derramamento do sangue humano como forma de apaziguar os seus instintos sanguinários. Pelo visto, o Imperador de Santungira pensa em si coroar brevemente, transformando dessa feita o decurso e a configuração geográfica deste Pais. Ora, sucede que, Moçambiquecomo território, encontra-se documentadopelo menos a partir do Século X. Sobre o nome de “Moçambique” que esta Nação ostenta, rezam os documentos que, deriva de um personagem de origem árabe do qual pouco se sabe chamado Mussa Bin Bique ou Mussa Al Mbique. Independentemente de quem tenha sido o tal fulano que deu o nome a esta que é também por nós hoje apelidado de “Pérola do Indico”, o certo é que, todos os que nascemos ou descendemos dos nascidos neste território, orgulhamo-nos de o ser e, sentimo-nos Moçambicanos, tomando em conta a configuração ”Triangular” do nosso País no seu todo e nunca dividido. Pelo menos eu e muitos não conseguimos imaginar-nos Moçambicanos sem contarmos com a integridade territorial do meu/nosso País no seu todo. Este Pais, para que seja o que é até hoje, exigiu esforço e sacrifício de muitas gerações de homens e mulheres de todas as etnias e de todas as raças, imbuídos e irmanados no mesmo ideal, que foi historicamente expulsar o colono e dar a este Território a independência, a força, a riqueza e o prestígio de que hoje goza. Repito, Moçambique é obra de todos os Moçambicanos unidos do Norte ao Sul e do Oeste a Leste. Por isso é que chamamos de “Heróis”, a um nunca acabar de homens e mulheres muitos deles que a própria História não registou, cuja acção foi também meritória e necessária de modo a alcançar-se o ideal comum, aqueles cuja inteligência, vontade, força, espírito de sacrifício e sentimento pátrio, foram achados de todos os cantos deste Pais e não duma determinada Região, muito menos debaixo duma certa montanha ou cordilheira.A política meus senhores não é o que gostaríamos que ela fosse, mas o que efectivamente é.Por isso, qualquer um que alimente ideias de transformar noutra coisa que signifique a divisão de Moçambique, seria defraudar o ideal que provocou a morte violenta de um dos mais queridos filhos desta Pátria, o Doutor Eduardo Chivambo Mondlane, pai da Unidade Nacional, pelo qual todo o Moçambicano se orgulha. Finalmente, gostaria de juntar o meu apelo ao de muitos amantes daPAZ para que o Líder da RENAMO cesse de uma vez por todas de ameaçar-nos de morte como forma de apaziguar os seus instintos vingativos. Aposte no diálogo e desarme os Homens e deixe-nos fazermos a nossa vida em PAZ. Obrigado Imperador de Santungira!

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