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Renamo, sempre na linha da subversão

Por admin

 O que leva Afonso Dlhakama a querer desafiar a ordem constitucional e a democracia em particular, basiando-se em pressupostos ilegais, atitudes bizarras e incongruentes, só ele pode reponder.No meu entender é que se trata do esforço final, na sua longa maratona ao serviço do reacionarismo, com vista a alterar as regras de jogo.

A Renamo manteve sempre alianças, com forças sombrias, cuja motivação principal foi  sempre afastar o partido Frelimo do poder.Esta aliança não sendo de hoje, esteve sempre intimamente  ligada à ortodoxia conservadora estrangeira,herdada da guerra fria, e que na prática se incompatibiliza com o patriotismo, sedimentado no partido Frelimo.A  motivação em ser obstáculo à governação, para a Renamo funciona hoje também  como lenitivo ideológico, numa conjuntura política, em que o económico transcende à ideologia, em matéria  de governação.

Para a Renamo a questão do diálogo, resume-se a uma utopia  assente em potencial partilha de poder, reflectida numa paridade, na gestão de empresas públicas, exigência similar àquela (partilha de comandos militares),apresentada como precondição a uma potencial integração dos homens residuais nas FDS.

Surrealismo ou não, os pressupostos baseados em exigências irracionais,irrealistas  não têm cabimento, sendo  matéria  inexequível, à luz dos ditâmes constitucionais da República.As exigências da Renamo não têm base legal, fazendo parte uma táctica pouco ortodoxa, empregue pela secreta, e alguns empresários estrangeiros, com influência na Renamo, no melhor da linha ideológica de regressão civilizacional, em organização criada para destruir, do que em buscar consensos para a paz e o desenvolvimento.O partido Frelimo e o governo não vão vergar a esta série de intentonas orquestadas para pôr em causa a governação de Filipe Nyusi, como sucedera com o seu antecessor, Armando Guebuza, e mesmo com Joaquim Chissano.

Se as árvores e as matas falassem diriam coisas que o homem   vulgar não vê.As virgens ofendidas usam a vitimização, como forma de omitir os tentáculos da subversão política, montada há 40 anos, e que a democracia e a economia de mercado lhes abriram as portas do inferno.Alguns desses, que nos anos 70 e 80  praticaram sabotagem económica contra o estado  estão de volta.Hospedam-se  nos bons hotéis,dizem-se pessoas de negócios, ou pertencentes a organizações para fins não lucrativos, restando os pasquins como o Canalmoz e Mediafax a dar a cara.Tudo parece parte de uma oferta do mercado, e em nome da solidariedade humana e liberdade, quando  não passa de presentes envenenados.É sintomático que o país esteja vulnerável a este tipo rasteiro de política,..Há muita necessidade, a ponto de poder afirmar que uma estabilidade social e política efectiva apenas poderá ser alcançada caso o governo coloque mais empenho, capital financeiro e humano  na luta contra a pobreza ,doenças endémicas, desemprego, analfabetismo, carência de estruturas vocacionadas à solidariedade humana, e contra o paradigma habitual de confrontação e falta de ética da Renamo.Do outro lado a sociedade civil e seus representantes teimam em manter uma linha quase equidistante,quando deveriam assumir o protagonismo.Uma democracia consolidada  é alicerçada na inclusão social e política ,um grau elevado de civismo e formação política de todos quadrantes, mas andamos a léguas de atingir o padrão desejável.Devemos estar vigilantes, porque o poder não se subtrai aos nacionais,para ser partilhado com aqueles  que vêm na arma um utensílio de guerra,com propósito de manter o cidadão prisioneiro do medo.

Se Afonso Dlhakama concretizar a idéia suicidária de usar a força para testar a nossa capacidade militar, como vem sucedendo últimamente com certa frequência em Tete, uma acção militar incisiva e eficaz do estado deve ser movida contra a ala militar da Renamo, até ao seu aniquilamento total.Somos pelo diálogo e pela paz, mas em  momento algum permitiremos que a soberania nacional e a unidade nacional estejam ameaçados.

Por diversas vezes mencionei a conspiração contra o nosso estado,com origem naqueles que se julgam acima da democracia., sendo Dlhakama apenas um capacho.É com eles que estamos a lidar,pessoas e organizações sinistras que julgam ter o direito moral e a capacidade de mudar regimes em países  em desenvolvimento, para melhor explorar as riquezas, tal com sucedeu num dado momento da história no Iraque, Libia, Siria. Nesse paises  individuos antipatriotas, aliados às forças estrangeiras,abriram as portas do inferno, trazendo destruição e morte dos seus, tendo criado um vazio político que não desejamos em Moçambique.Toda esta crise de migrantes na Europa de que tanto se fala na mídia,teve origem em intervenções estrageiras ocidentais, nos respectivos países.

Se a Renamo não reconhecesse o executivo eleito, então o que estão os deputados da Renamo a fazer no parlamento?Apenas para  receber dinheiros do estado?É uma crise política artificial.O poder pertençe ao povo moçambicano que elegeu o partido Frelimo para os governar.Quanto mais nos empenhamo a entender o sentido deste diálogo , a conclusão que se chega, é que ele até ao momento tem servido aos desígnios da Renamo,que ao empregar manobras dilatórias, consegue ensombrar toda a oposição, consagrando a almejada bipolarização política.

Unidade Nacional, Paz e Progresso

PS. Como autor do texto reservo-me no direito de não permitir que o texto seja reproduzido na rede social, na ferramenta de busca google por qualquer blog que nao seja o jornal domingo.

Inacio Natividade

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