Neste domingo de Páscoa, a governação da Renamo, dirigida a partir do parlamento moçambicano, através dos 89 deputados deste partido e executada por todos lados de Moçambique, mormente na zona centro, habitat predilecto da sua liderança, faz 27 dias, conforme parecia promessa ingénua, mas afinal, materializável, com um senão: a maioria dos moçambicanos não sabia em que consistiria!
Na verdade, ao segundo dia de governação da Renamo atacou uma coluna de viaturas no troço Nhamapaza/Caia, na EN1, tendo atingido 4 viaturas, incluindo um autocarro da empresa Mavilas Boy, do que resultou em 13 feridos, dos quais um cidadão tanzaniano de nome Emmanuel Wilson. No mesmo dia raptou 2 cidadãos no povoado de Fudza, distrito de Maríngue, designadamente, Anita Ntinha e Vaene Prissimo, respectivamente, secretária da OMM e o seu marido.
No dia 3 de Marco, atacou outra coluna de viaturas no mesmo troço resultando na morte de Sérgio Adolfo Paulo e no ferimento de Mourigi Jumane e Paulo Joaquim. No dia 5, um ataque a um autocarro da Nagi Investiments, no distrito de Báruè, na EN7, provocando danos materiais avultados.
No dia 7, dois ataques a igual número de colunas de viaturas no troço Muxúngue/Save, província de Sofala,na EN1, do que redundaram danos avultados, mas já, no distrito de Morrumbala, província da Zambézia, na mesma estrada, foi atacado um autocarro da empresa Tanga Line, que seguia o trajecto Nampula/Sofala, que causou 4 feridos, dois dos quais em estado grave e avultados danos materiais. No dia seguinte, uma coluna de viaturas, ainda no troço Muxúngue/Save, foi visada pela governação, tendo resultado em danos materiais em algumas viaturas.
No dia 9 a governação ataca uma viatura das FDS, no troço Pedreira/Nzero, na EN1, do que resultou em 4 feridos, para no dia seguinte operacionalizar dois ataques a igual número de viaturas no troço Cruzamento de Inhamitanga/Inhaminga, distrito de Cheringoma, na EN 282, do que culminou com o assalto aos ocupantes das viaturas, incluindo 2 portugueses, saque cumulativo de 49.000,00 MT e incêndio a uma das viaturas.
No mesmo dia, a Renamo atacou uma viatura das FDS, no troço Pedreira/Nzero, sem causar baixas. Mas no dia 14, uma coluna de viatura é atacada em compensação, no troço Muxúngue/Save, tendo sido alvo um autocarro da Tanga Line e resultou em 3 feridos, incluindo o motorista.
No 19° dia de governação, dois autocarros das empresas Nagi Investiments e Mavila Boy, foram atacados no troço Pedreira/Nzero e resultou no ferimento de 3 passageiros, nomeadamente, Alvido Manuel, que vinha no primeiro autocarro e SérgioJoão e Castro Gonçalves, no segundo e danos materiais.
No dia 23 registou-se um ataque da coluna de viaturas no troço Nhamapaza/Caia, de que resultou na morte dum eleitor que respondia pelo nome de Evaristo Chote Mairosse. No dia seguinte, atacou uma posição das FDS, em Nzero, do lado de Morrumbala, sem causar baixas. Porém, no mesmo dia, outra posição das FDS foi alvejada, desta feita em Mavonde, distrito de Manica, província do mesmo nome, resultando em dois feridos.
Há dois dias, sexta-feira passada, atacou uma coluna de viaturas no troço Muxúngue/Save, depois de um “departamento governamental” ter aberto uma vala atravessada na estrada, para que os eleitores caíssem adentro e morressem na circunstância.
Este, em termos sucintos, é o balanco da governação da Renamo, quando faltam 4 dias para fazer um mês. O relatório não tem em conta o que aconteceu antes de Março que melhores memórias devem ter registado. Portanto, vai matando eleitores, seus familiares que ficam sabendo do que aconteceu com eles. Em 2019 virar-se-á a eles prometendo vida, boa vida e tudo de bem na vida. Disse, apenas por dizer!
Pedro Nacuo
nacuo49nacuo@gmail.com
