Início » O Retorno dos Bandidos Armados

O Retorno dos Bandidos Armados

Por admin

Penso que chegou a altura de o estado moçambicano pôr fim à ameaça contituída pela Renamo, como força de bloqueio à democracia, assim como uma ameaça à segurança do estado.

O governo é soberano para elaborar a política que entender de lidar com a Renamo, mas tem de haver uma atitude linear inflexível. Uma linha e atitude política firme que não suscitasse  dúvidas ao cidadão: Estamos a lidar com um parceiro, portanto actor político, ou inimigo do estado?

Éque vivemos num estado de direito, mas um estado de direito democrático, sendo o mesmo que afirmar a subordinação dos orgãos de soberania, incluindo o governo, cidadãos e partidos políticos, no seu direito e obrigações, sujeitos à Lei magna da Constituição da República de Moçambique.

Primeiro foram as tentativas fracassadas do líder da Renamo de mobilizar moçambicanos para uma revolta tipo primavera árabe; vieram depois exigências sobre a paridade da Lei eleitoral; seguiu-se a exigência inconstitucional de paridade nas forças de defesa e segurança, sabendo-se que Moçambique possui um exército e polícia nacionais (FDS) não partidarizados, sendo da competência do presidente da República  a política de defesa e segurança nacional.

A coabitação política entre o governo e a Renamo tornou-se pouco transparente, porque ferida de incongruências à luz da legalidade política e jurídica. Existe muito ruído que para desagrado de todos nós transpirou para além fronteiras, permitindo-nos escutar vozes de lamento, e um universo condenação à violência da Renamo e apoio incondicional ao governo da República.

Moçambique não pode lidar com uma organização que mesmo com assento parlamentar,   afirmando-se comprometida no diálogo com o executivo, ao mesmo tempo envereda pelo terrorismo e mata moçambicanos. Uma organização que está a violar os mais elementares direitos humanos, incluindo o direito à vida e o direito de livre circulação de pessoas e bens. A Renamo não pode estar em todo o lado com o consentimento dos moçambicanos: no Parlamento, no diálogo com o governo, e ao mesmo sobrar-lhe tempo para assassiná-los. Étempo de intolerância zero para com o banditismo armado da Renamo.

Assistimos ao aviltamento da política africana no seu mais baixo exibicionismo, movido da ganância económica. Aqueles que aplaudem este tipo de acção apenas podem ser pessoas recalcadas e motivadas por ódio e ressentimentos ao regime. De todos os ângulos são actos merecedores de repulsa, indignação e condenação.

O que enaltece o homem é a sua obra em prol do progresso da humanidade, e não quando obedece à besta  que o habita, matando e destruíndo bens materias e pessoais para fins políticos.

 O governo de Moçambique está empenhado em construir os alicerces que permitem sonhar com um futuro melhor, sustentados por uma economia que cresce admiravelmente, mas Renamo quer a destruição e o caos.

Cerca de 150 organizações da sociedade civil subscreveram um texto para que se restabeleça o cessar-fogo no país, com o seguinte texto:
«Apelamos para que a Renamo se abstenha de pronunciar discursos que incitem à violência usando os órgãos de comunicação social como veículo», acrescenta o documento, intitulado Não ao Assassinato de moçambicanos e moçambicanas.

A Renamo sabe, e sente estar isolada, por isso desespera. Por outro lado sabe que uma massiva ida às urnas nas eleições de 15 de Outubro resultará no seu último acto político.

 Os moçambicanos não se esquecem. Porque seria que as ditas zonas de influência política da Renamo  num ápice desapareceram e porquê? A causa próxima está na orientação directiva desastrada da organização, que sem dinheiro se decidiu pelo retorno ao banditismo armado. Decidiram,   na falta de argumentos, colocar os moçambicanos reféns do terrorismo, querendo com violência chantagear o governo.
Vivemos numa democracia pluralista por opção feita conscientemente como cidadãos de pleno direito. A transição feita entre sistemas de governação e modelos de desenvolvimento deixa sempre marcas e sequelas que desejo para todos sanados e ultrapassados.

 A democracia tem regras e uma ética própria de comprometimento, tendo no parlamento o epicentro da conquista que queremos ver espelhada num salutar de coabitação entre os partidos políticos. Não basta dizer que do outro lado da barricada estão os nossos irmãos da Renamo, o importante é saber se querem ser adversários políticos ou inimigos do regime. Temos estado a viver no limbo entre o estado de direito e o caos, mas paternalismo e tolerância para com bandidos armados nunca!… Moçambique edificou um estado do qual nos orgulhamos e não permitiremos que a Renamo com a suas mãos sujas, seja de novo um obstáculo ao desenvolvimento económico e ao funcionamento normal da democracia. Já era difícil conceber a Renamo como parceira de paz , quando mais sustentar a idéia.

No fundo fomos todos responsáveis ao permitir que algo de politicamente inusitado pudesse acontecer no nosso quintal, pois existe uma noção de percepção de entre o políticamente tolerável e abominável.

A Nação moçambicana é indivísivel e não se vai  desagregar em função de delírios do seu Secretário-geral da Renamo, um assassino confesso virado a deputado e que segundo a minha óptica deveria estar atrás das grades. Como se pode pedir a uma organização terrorista que explique o seu terrorismo, se terrorismo é jogar sujo, está no seu DNA?

Hoje não existem zona de influência política da Renamo em Moçambique,…..e quem disser o contrário está a mentir..

Moçambique Rumo ao Progresso

Inácio Natividade

Você pode também gostar de:

Leave a Comment

Propriedade da Sociedade do Notícias, SA

Direcção, Redacção e Oficinas Rua Joe Slovo, 55 • C. Postal 327

Capa da semana