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Num relance de preocupação

Por admin

Considero em política o diálogo político partidário como ponto de partida para se superar pontos de vista divergentes. Apoio, também, o estabelecimento de pontes com a sociedade civil caso a 

 

circunstância o permita, e caso seja essa a vontade das partes envolvidas.

O que me deixa desconfortável e politicamente e eticamente apreensivo, é que os intermediários usem o momento como prerrogativa pessoal de agenda.

Em eleições legislativas a abstenção poderá ser um indicativo sociopolítico mas não vota; isto é, podendo determinar o resultado final do escrutínio eleitoral, o seu efeito não contabiliza na contagem final. A causa e consequências da abstenção no tempo de eleições tem sido pesquisado podendo o resultado ter leituras sociológicas pontuais, e constituir um apoio suplementar aos aparelhos partidários para tirar conclusões com vista a elaboração de estratégias futuras. A actual situação política universal é caracterizada por um certo desencanto pela política económica de certos governos e pelos políticos. Estes são vistos, nalguns casos injustamente, como promotores da crise económica e financeira. Talvez seja essa explicação do aumento da abstenção e pouca participação nos comícios políticos, com maior incidência para os países europeus bem como no Canadá, Estados Unidos, Japão e muitas outras democracias por aí. Como resultado da abstenção política existem neste mundo governos minoritários, governos de coligação, mas em Moçambique temos um governo legitimado com uma maioria absoluta.

 

A máquina eleitoral dos partidos, quando não bem oleada, é também responsável pela abstenção. O programa político partidário deve ser apelativo, atractivo e mobilizador.

A abstenção, também, pode ter como causa principal o desgaste e desânimo político resultante de uma constatação de ausência de alternância e alternativa política mais plausível. É sempre fenómeno de interesse e estudo para os sociólogos e analistas políticos por motivos de análise comparativa, mas nada que possa alterar o quadro sociopolítico.

O partido Frelimo tem toda a razão do seu lado, quando transfere para o parlamento a preocupação da Renamo relativa à lei eleitoral. Será que a Renamo desconhece o princípio da separação de poderes? É lá no parlamento que se dirimem as diferenças e foi no parlamento que foi votada e aprovada a mesma Lei.

À medida que Moçambique dá passos rumo ao progresso, os promotores da desestabilização social e política vêm maquinando  ardilosas movimentações tendo em vista alargar o clube de desafectos, e cuja missão é politizar o escárnio contra o executivo que dirige o país.

A percepção que se tem no momento político de Moçambique é o surgimento nos vários burgos de pessoas sem auto-estima (chicocamoias) daqueles que vão em função das marés.

Sabe-se que Moçambique e o partido Frelimo têm adversários cativos que são aqueles que manietam a direcção da Renamo,  consoante o timing que os convém. Os outros são adversários pontuais, indignados talvez por não terem recebido uma medalha ou por não terem uma casa de luxo como os outros. Existem também alguns resgatados pela oposição  por se sentirem votados ao ostracismo a semear pândega política nos pasquins jornaleiros do costume.

 

A Renamo e o pivot estrangeiro agora na missão de destabilizar e distrair a democracia, assim como desgastar as estruturas do poder político e legislativo. Diz que não vai participar nas eleições mas vai ter de o fazer, caso queira continuar como partido político.

 

Nunca esteve na agenda do executivo destruir o Serviço Nacional de Saúde, nem faria sentido. Só uma mente delirante poderá inventar tamanha mentira.

As greves são um direito conferido pela constituição, contudo a natureza de algumas greves pode também ser entendida como motivada politicamente. Pode ser movida por interesses pessoais. Quanto à greve dos médicos, houve a primeira reivindicação no início do ano e, dentro desta reivindicação, ficou premente a necessidade de se retomar, de forma mais activa, a estratégia da revisão salarial. O governo sentiu não ter chegado momento para uma revisão salarial. Para Manuel Chang, Ministro das  Finanças, a capacidade financeira do governo para reajustamento salariais neste orçamento está esgotada.

O FMI, ao afirmar que a versão do orçamento rectificativo pode comportar o aumento salarial aos médicos de modo a acomodar as reivindicações destes, está a fazer política. Está claro, também,  a fazer aquilo que como um banco lhe convém…agravar a dívida do cliente que é o estado moçambicano. Oxalá que essa visão do FMI possa realmente pôr ponto final no braco de ferro. EXTEMPORRÂNEO

 

Neste espaço de quase quatro semanas os verdadeiros heróis têm sido aqueles trabalhadores da saúde, de entre médicos, enfermeiros, anestesistas, técnicos, maqueiros e trabalhadores de limpeza, que nunca abandonaram os doentes a merecer a medalha de mérito de  patriotismo. O meu abraço vai, também, para as mulhers da OMM e OJM, braços políticos do partido Frelimo, que vêm marcando presença como voluntários em unidades sanitárias, com as mãos prontas para o que der e vier.

 

O orçamento moçambicano está prestes a se tornar auto-suficiente, neste momento na casa do 29 por cento. Esta situação não é do agrado dos parceiros económicos. Não é do agrado por lhes retirar o poder de decisão política. Mas este desagrado estende-se, também, a outras chancelarias em Maputo, aflitas por o seu tempo de pressão chegar ao fim…

Governar não é fácil, por se estar sempre sujeito a pressões de todo os lados: credores e devedores, partidos políticos, sociedade civil em geral todos os quadrantes.

Um alto grau de abstenção, também, pode reflectir um certo desgaste, o que não é o caso de Moçambique. O país é jovem; as pessoas ávidas de participar na política partidária activa. Se mesmo na presença dos vários handicaps e murmúrios da fofoca habituais, o partido no poder obteve uma maioria absoluta significativa com exactidão absoluta, que para os moçambicanos não existe uma alternativa politica senão o partido Frelimo.

 

Moçambique rumo ao progresso.

 

 

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