POR EDSON MUIRAZEQUE *
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O México e o Equador, dois países da América Latina, estão de relações cortadas. O Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, anunciou, recentemente, o rompimento de relações diplomáticas com o Equador e, de seguida, o seu governo submeteu ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) uma queixa para que aquele país seja suspenso da Organização das Nações Unidas (ONU). A decisão do Governo mexicano vem em retaliação ao incidente, anterior, em que as autoridades do Equador ordenaram a “invasão do México” para capturar o antigo vice-presidente do país, Jorge Glas, que se encontrava exilado no edifício da missão diplomática mexicana em Quito. Se, por um lado, a decisão de “invasão” pode, a breve trecho e a nível doméstico, catapultar a popularidade do presidente equatoriano, Daniel Noboa, a mesma pode, por outro, dificultar o relacionamento do país com o resto do mundo.
No passado dia 5 de Abril, a Polícia do Equador quebrou o protocolo diplomático e entrou, sem autorização e à força, no edifício da Embaixada do México em Quito. A acção do Equador visava prender Jorge Glas, um antigo político equatoriano que foi condenado por suborno e corrupção e continua sob investigação por outros possíveis crimes. Glas estava a residir na Embaixada do México desde 17 de Dezembro, altura em que este pediu asilo político, alegando que as acusações de que era alvo eram politicamente motivadas. Pouco antes da Polícia equatoriana invadir a embaixada mexicana, as autoridades do México haviam oferecido asilo político a Glas. Mas ao que tudo indica, esta acção mexicana precipitou a decisão de Noboa de mandar elementos da Polícia para invadir a embaixada e prender o homem procurado. Leia mais…
