O subtítulo desta crónica adultera o titulo de um poema de Julius Nyerere, fundador da nação tanzaniana. Ele escreveu mais ou menos assim Moçambique no mar alto.
Parece que foi na véspera da independência nacional ou no auge da luta de libertação nacional.
Tanzania foi berço da independência de Moçambique através de apoio incondicional da formação da Frelimo em 1962, em Dar-Es-Salaam, um ano depois da sua própria independência e do lançamento da luta armada a partir do solo tanzaniano.
O pais de JuliusNyerere tem cerca de 54 anos como estado independente e cinco eleições gerais democratico-multipartidarias.
Moçambique assumiu a presidência de duas importantes missões de observação das quintas eleições gerais, nomeadamente da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, SADC, e da União Africana.
A pátria dos heróis colocou-se no mar alto ao largo da costa da Tanzania, ajudando incondicionalmente na monitoria do processo eleitoral mais competitivo da história da democracia multipartidária tanzaniana.
Na impossibilidade de estar pessoalmente, o Presidente Filipe Nyusi, na qualidade de Presidente do órgão da Política, Defesa e Segurança da SADC, fez-se representar na liderança da missão dos 70 observadores do bloco regional pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Oldemiro Baloi, coadjuvado pela sua Vice, NyeletiBrookeMondlane, que por sinal viveu um quarto dos primeiros anos da sua infância-juvenil na Tanzania no tempo da luta armada.
A missão da União Africana com 50 homens e mulheres foi chefiada pelo antigo Presidente da República, Armando Guebuza.
Foi a inauguração de Guebuza neste tipo de missões depois de deixar o poder assumido por voto popular durante 10 anos consecutivos.
Moçambique brilhou a frente das missões da União Europeia, Commonwealth, Comunidade da África Oriental e outras que acompanharam o processo eleitoral tanzaniano. Só depois do pronunciamento oficial das missões da SADC e da União África, por esta ordem, as outras falaram sobre o seu trabalho na Tanzania de Nyerere que em vida colocara Moçambique no mar alto.
Pena mesmo e que os filhos da casa não fazem milagre, pois se fosse possível Moçambique teria resolvido seus problemas de escaramuças esporádicas e cíclicas.
A diplomacia da pátria dos heróis da pobreza e reconhecida a nível regional, continental e internacional. (x)
Simião Ponguane
