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Depois de Santundjira

Por admin

Naturalmente após vários ataques a alvos militares e civis da parte de bandidos armados da Renamo, as Forças de Defesa e Segurança tinham de reagir e tomar Santundjira e na mesma linha de acção Maríngue.Para mim e para a maioria de moçambicanos esta decisão das FDS  em cumprimento da  missão constitucional baseda nos artigos 265, e 266  da Constituição da República peca por ser tardia.

Foi de Santundjira que Afonso Dlhakama proclamou ser o autor moral dos assaltos com mortes verificados na estrada nacional N.1, ao mesmo tempo que do mesmo local ameaçava do mesmo local o Chefe de Estado com mais ataques caso não cessassem a escoltas militares.

Não entendo o estradalhaço da notícia e do seu efeito surpresa da parte de alguns sectores sempre hipócritas, como a Liga dos Direitos Humanos que a bem pouco silenciavam e dizendo das boas contra a inoperância da FDS. Liga dos Direitos Humanos com a sua líder a asssumir-se como detentora de uma agenda própria, com a sua língua sempre viperina direcionada a pessoa do senhor presidente da repúbica Armando Guebuza.

Depois dos artigos de opinião deprimentes por si assinados e publicados, a sra.Mabote deveria ter vergonha na cara e demitir-se da organização que lhe paga o salário.

Não creio ser a missão da LDH no nosso país alimentar tricas e intrigas contra governantes, ou fazer alusões atentorias a ordem de direito estabelecidas.Certo que a dita senhora quando funciona como peça de desestabilização sabe que tem o seu cacifo protegido; sente também que o descontentamento fruto da desigualidade social e económica sustenta a suas diatribes que foi congeminado como arma de arremesso pessoal que a caracterizam.

Nós patriotas nacionais vencemos o colonialismo, a guerra de agressão que nos foi movida da forças racistas com as suas testas de ferro, para consolidarmos a soberania nacional. Não vivemos perto da lua, pois cientes do processo evolutivo e o efeito dos desafios quotidiano e seu impacto na sociedade. Estamos num processo de edificar a economia nacional o que funcionará como a panaceia necessária para sarar as mazelas que a sociedade enfermam. Estaremos sempre do lado da razão do governo no seu esforço para impor a ordem contra ataques criminosos da Renamo e contra os raptores.

Efectivamente as FDS têm cobertura constitucional para poder agir em legítima defesa.

A democracia tem regras próprias e o facto de a nossa ser ainda jovem corre sempre o perigo de alguém, país, pessoas querem influencia-la. Este é no fundo o motivo do ruído que neste momento ecoa pelo país, onde forças com motivos inconfessáveis alinhados a Afonso Dlhakama julgam poder desviar a democracia moçambicana do seu rumo.

Ora isso nunca irá acontecer.

 As FDS complementam-se na missão de defender a integridade da soberania e da democracia, assim como a lei e a ordem que a Renamo sistematicamente foi pondo em causa com o seu comportamento recorrente e irresponsável de desafio.

Concordo com a asserção ministro de negócios estrangeiros Eugénio Baloi, quando este diz que Dlhakama confundiu paciência do governo com fraqueza, assim como a do presidente Armando Gubuza quando afirma que quem periga a paz é criminoso.

Claro que o desmantelamento das bases da Renamo não foram vitórias militares e nem disso se tratava, mas um imperativo urgente na imposição da lei e ordem. A paz e a reconciliação foram conseguidas há 21 anos com muito sacrifício para vê-la esbanjar-se nas mãos como utensílio de politiquices que nos fazem sangrar.

Apesar da acção das FDS o escolho continuará ameaçador à paz, ao considerar nesta análise que a postura actual da direcção renamista com Dlhakama e Bissopo e outros, não possuirem capacidade mental nem intelectual para entender uma linguagem a exigir o rompimento com o belicismo como única solução de sobrevivência política.

A acção das FDS é de louvar e deve ser exemplar para eliminar alvos susceptíveis de produzir acções terroristas como a Renamo o tem feito, que atentam contra a segurança de estado. Assim como o povo espera a acção das FDS na erradicação dos raptos a perigar a segurança do cidadão.

O estado de direito deve ser permanentemente garantido e protegido. E conforme o primeiro-ministro afirmou “ Vamos continuar a trabalhar com as instituições democraticamente eleitas, de modo que o ordenamento político do país prevaleça e se continue a respeitar, por todos, a Constituição e as leis. “

A paz é um desafio cuja opção é comum a todos nacionais amantes da paz e progresso. Efectivamente os desafios prementes colocados aos moçambicanos como povo e Nação atingem quase o mesmo grau de abnegação à causa patriótica.

 Passados alguns dias da tomada de Santundjira pelas FDS, a Renamo como seu líder em fuga voltou a atacar uma esquadra da polícia na zona de Maríngue, e um autocarro de passageiros, tendo morto um civil e ferido mulheres e criancas.

Tudo isto contabilizado extravassa os ânimos mais relutantes no uso da diplomacia como solução inadiável, ao estarmos perante o  terrorismo puro a que a Renamo nos foi habituando.Um preço demasiado elevado que os moçambicanos vem pagando por em pressuposta paz não correpondida.

 Diz o porta-voz da Renamo que os seus homens em debandada terão agido sem o aval do chefe. E antes do assalto a Santundjira quem era o mandante dos crimes e assassinatos praticados da Renamo?

Tenhamos bom senso, não se pode relativizar a questão. Esse é o paradigma da organização de Dlhakama.Terrorismo como arma política.

A Senhora Maria Angelia Enoque, que é a chefe da bancada da Renamo no Parlamento, não sabe o que diz. Ignora os ataques da Renamo à população e às forças de defesa e segurança. Essa insistência na demonização do partido e governo de Mocambicano da parte da Renamo usando a mídia preferencialmente portuguesa instalada em Maputo está a atingir níveis de saturação. Parece mais uma acção concertada e uma tentativa de colocar os moçambicanos a olhar  o seu país sob perspectiva estrangeira; um ultraje sobre todos pontos de vista.

Se foi tardia a reacção das forças de defesa e segurança? Acho que  Renamo sentia que poderia usar impunemnte a estratégia enquanto lhe conviesse.

Logo apos a tomada de Santundjira , o porta voz da Renamo, um tal Mazanga  apareceu  como é seu apanágio com o ódio estampado no rosto. Acho que a media deveria evitar que as famílias vejam tão  triste e decadente figura.

Este porta voz chegou a declarar que a Renamo se dissociava do acordos de Roma, para dois dias depois corrigir-se a ele próprio dizendo que foi um mal entendido. Uma charada inusitada mas que  é característica deste grupo  sem carácter, onde abundam falta de princípios de ética e civismo.

No fundo para Mazanga era o reconhecimento de que as suas palavras adensavam o cenário de isolamento político em que  a Renamo ficava, após tomada  de Santundjira pelas Forças de defesa e seguranca.

Efectivamente, discordar é não concordar com a composição dos órgãos eleitorais, nunca seria motivo suficiente justificativo para  levar uma direcção político partidária à beira da loucura, recusando-se participar num pleito, ou querer sabotar todo o processo democrático.

Qual o moçambicano para além daquele que cultiva o ódio ao governo para se  identificar com a visão e programa manifestamente de ódio cultivado pela Renamo? O que motiva a Renamo nem trata de recusa em conformar-se  com as derrotas, mas o facto de constatar a erosão no seu eleitorado a favor do partido Frelimo e MDM. Esta noção de que tudo pode estar perdido tem levado a Renamo a querer num acto de desespero assumir-se como protagonista da desgraça.

Qualquer indivíduo com uma arma na mão pode causar um alarido muito grande em Moçaambique ou outro país africano antes de ser preso ou abatido. Esta tem sido  a arma estratégica da Renamo para  chantagear o governo e ameaçar inviabilizar o funcionamento da democracia. Na Europa e América do Norte o quadro seria diferente. Uma questão de minutos ou horas antes de ser eliminado fisicamente.

Mas atenção os bandidos armados perderam o seu santuário na África Austral. Qualquer, membro da SADC recusaria dar o seu apoio a Renamo.

 O quadro agora existente é sombrio para Dlhakama. Se antes da tomada de Santundjira parecia apesar de muitas reticências era tido com um interlocutor válido. Deixou de sê-lo. Não pode haver três Renamos: Uma que quer o diálogo, ou reticente a outra que quer a guerra, para obter devidendo políticos.

Afonso Dlhakama deveria entregar-se o mais breve possível as autoridades moçambicanas. Essa concessão direcionada a paz permitiria a Renamo assumir-se responsavel da quebra de compromissos e fazer as cedencias necessarias que lhe permitissem sobreviver como partido politico no parlamento.

  Enquanto no DNA  da Renamo remanescer  resíduos sanguíneos provenientes da sua criação (serviços secretos da antiga Rodésia) e depois o regime do apartheid, os moçambicanos estarão sempre cépticos sobre a verdadeira  intenção política  da Renamo e do seu chefe Afonso Dlhakama em Moçambique.

 Vejamos que depois de 1994 e que pos fim ao AGP, sempre que os pleitos eleitorais correram mal a Renamo, este grupo sempre ameaçou a paz com ameaças de retorno a guerra. Um acordo político de paz e produto sempre de duas partes  adultas e idóneas em serviço de uma causa. Em 1992 enquanto o governo de Moçambique foi a Roma em busca de uma solução definitiva, a democracia, salvaguardando o interesse da estabilidade sociopolítica e económica dos moçambicanos, a Renamo do seu lado agia  como testa de ferro de interesses inconfessáveis, transmutados a presente como ameaça permante a estabilidade política. Sinceramete alguém com cabeça tronco e membros  é capaz de ajuizar que o mau lucíferico denominado Renamo alguma vez  lutou pela democracia? Sempre que a penetração ocidental foi confirmada em África produziu um efeito confirmado de retrocessao na vida dos africanos. Os africanos ao que tudo indica não têm amigos fora de África.

Se a Renamo nas primeiras eleições democráticas não atacou a democracia não foi por apego e respeito por esta, mas porque as coisas estavam correr-lhe de afeicção. Depois disso foi o descalabro, e todos sabem porquê. Todos os que seguem o meu pesamento político atraves do jornal domingo , sabem que sou convicto do que penso e digo.

Com espiões e agitadores de todo o calibre, instalados acima da ética e respeito em território nacional moçambicano, fácil foi  embarcar Dlhakama e os seus fazendo-os aderir a uma agenda  financeiramente benéfica a ambas as partes, mas ao mesmo tempo muito arriscada.

Nunca o governo de Moçambique iria sentar-se à mesa e discutir negócios de estado com uma agenda encomendada de traidores a pátria. Basta verificar na folha quem financia certas organizações, assim como a Maçonaria e seus interesses instalados em Moçambique. Certo que o factor fianceiro dita certas regras, contudo há que reconhecer que alguns jornais com capital estrangeiro são lixo  a mais. Sinceramente acho  intelectualmente desajustado obrigar os africanos  a olhar a África e neste caso Mocambique sob perspectiva ocidental. Temos uma tradição jornalística sendo dever nosso desenvolver metodicamente e pedagogicamente esse património cultural e técnico, onde novas gerações devem moldar-se.

Sempre disse que a democracia estaria mais do que consolidada caso não tivéssemos como um dos actores a Renamo. Os moçambianos desejam paz e com estas atitudes da Renamo mostram que o partido de Dlhkama actuou sempre à margem da constitucionalidade normativa que ordena a função dos partidos políticos, estando portanto a um pé da ilegalidade. Não acredito num conflito localizado, nem mesmo que a paz esteja ameaçada. A Renamo deve ser posta no lugar,..desarmada a bem ou a mal.

A luta Continua!

Inácio Natividade 

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