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BRASIL DE VOLTA AO MUNDO: Lula revitaliza integração e desincentiva uso do dólar na América do Sul

Por Idnórcio Muchanga

Por Edson Muirazeque *
edson.muirazeque@gmail.com

O presidente do Brasil, Lula da Silva, parece estar mesmo empenhado em abandonar o dólar, ou pelo menos criar alternativas a ele, como moeda de troca nas relações comerciais entre os Estados. Reunido numa cimeira de revitalização da “moribunda” UNASUL (União das Nações da América do Sul), o presidente brasileiro sugeriu que se crie uma moeda comercial regional para a América do Sul. Para Lula da Silva, os bancos centrais da América do Sul devem trabalhar em conjunto para reduzir a dependência de “moedas extra-regionais” para a efectivação de transacções comerciais. O pronunciamento do número um do Palácio do Planalto é mais um na sua cruzada desde que Brasil voltou às relações internacionais. É a demonstração de que Lula da Silva não só está empenhado em revitalizar alianças alternativas ao Ocidente, como também mostra a sua firmeza em combater o dólar como moeda preferencial no comércio internacional, procurando reduzir a dependência da economia mundial em relação à moeda norte-americana.

No seu esforço de devolver o Brasil ao concerto das nações, Lula da Silva reuniu- -se, na semana passada em Brasília, com chefes de Estado de onze países da América Latina, numa cimeira de revitalização da “moribunda” UNASUL. Na cimeira estiveram presentes os presidentes da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Suriname, Uruguai e Venezuela. A presidente do Peru, Dina Boluarte, não se fez presente na cimeira “por motivos diplomáticos”, mas fez- -se representar pelo líder do Conselho de Ministros do seu país. A UNASUL é um agrupamento estabelecido, em 2008, para acelerar a integração regional na América do Sul. Ela é sucessora da Comunidade Sul-Americana de Nações (CSN), que foi estabelecida quando 12 líderes sul-americanos assinaram a Declaração de Cuzco na cidade de Cuzco, Peru, em 2004. A CSN junta dois agrupamentos de integração económica regional – o Pacto Andino e o Mercosul, que continuaram a existir autonomamente – e adiciona o Chile, Guiana e Suriname. Leia mais…

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