"…ó Rei, aceita o meu conselho (…) e talvez prolongue a tua tranquilidade" Dn 4:27
Vivo e labuto de sol a sol nesta Urbe há muitas décadas e por isso, posso arrogar-me ao direito de conhecer com relativa profundidade todos os seus (nossos) problemas e "probleminhas". Por causa disso, e, sem apoiar-me a nenhuma fonte credível e autorizada proveniente das autoridades da Saúde, atrevo-me a afirmar que uma grande parte das doenças que afectam as pessoas que moram, trabalham ou simplesmente demandam a cidade de Maputo (e por tabela, a da Matola também), são em grande medida causadas pelo "stress", (que são condições de vida muito activa e trepidante), resultante em minha opinião, de dois grandes "probleminhas" que diariamente as molestam: o estado das vias de acesso e a longa exposição aos "engarrafamentos". Há já bastante tempo que as pessoas das duas cidades perderam o hábito de dormirem descansadamente as oito horas recomendáveis para restauração das energias através duma noite bem passada e acordar depois das cinco da manhã, sob o risco de atrasarem para os seus postos de trabalho. A agitação e a insónia tem sido o "Pão deles de cada noite", pois mal se deitam vem logo na memória a viagem aborrecida empoleiradas nas malditas camionetas, vulgo (my Love), compartilhando o abraço num espaço apertadíssimo com pessoas completamente desconhecidas, algumas tresandado álcool, alho, catinga ou outro odor desagradável, ou mesmo usando o seu veículo particular, corre o risco de colidir com os malditos e irresponsáveis condutores dos famosos "Chapas e Txopelas", ou ainda mesmo indo a pé, tem de executar a "ginástica" de evitar derrubar o tomate, a batata, a nyangana, a cebola ou roupa das calamidades expostos pelos vendedores ambulantes ao longo dos passeios. O termo congestionamento ou mais vulgarmente conhecido por "engarrafamento", até há alguns anos não era nosso familiar e infelizmente não é somente nossa propriedade, ele é um gravíssimo problema que geralmente acontece nos grandes centros Urbanos, ocasionando perdas de tempo e consumo desnecessário de combustível dos automobilistas. Mas hoje em dia é, como diriam os bons cristãos nesta quadra Pascal, "engarrafamento" passou a ser "o Pão Nosso de cada dia". A agudizar tal situação, está o estado das vias de acesso. Parecia-nos que com a reabilitação e ampliação da Estrada da Marginal e do prolongamento da "Julius Nyerere", iria aliviar o nosso sofrimento, porém a falta de manutenção, sublinhe-se bem, faz com que todos os esforços no sentido de melhorar não passem de um sonho. Por falar em falta de manutenção das Vias de Acesso, vou eleger somente duas delas como simples exemplo que são: as Avenidas Vladimir Lenine e Cardeal Dom Alexandre. A primeira começa na "Av. 25 de Setembro" e se prolonga ate à "Praça da Juventude" no Bairro de Magoanine, num troço de aproximadamente quinze quilómetros, e de per si muito estreita, mesmo assim seria o "salva vidas" de muitos automobilistas e não só. Infelizmente, a edilidade faz o favor de votá-la ao abandono, pois, da "Praça da OMM", até à "Praça das FPL", vulgo Xikhelene, cada dia que passa, o PAVET que até há pouco tempo resistia, por falta de manutenção vai dando lugar a sulcos e a buracos respeitáveis, alguns com alguns anos de idade! (Concluo no próximo Domingo)
Kandiyane Wa Matuva Kandiya
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