Num projecto orçado em pouco mais de um milhão de dólares americanos, a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) vai dispor, brevemente, de um acelerador linear, um aparelho de radioterapia
usado para o tratamento de cancro através da radiação ionizante.
Esta informação foi avançada há dias no decurso da Reunião Anual entre a UEM e parceiros de cooperação, que serviu para a avaliação das actividades realizadas em 2012, financiadas pelo governo sueco, através do programa ASDI.
domingoapurou que o equipamento vai ser instalado no bunker do Hospital Central de Maputo, uma vez que, segundo o Coordenador do programa Medical Radiations Physics, Alexandre Maphossa, do Departamento de Física da Faculdade de Ciências da UEM, a instituição não dispõe de recursos financeiros para o efeito.
O aparelho será usado exclusivamente para fins académicos e de treino de operadores de aceleradores lineares ao nível da região. Com a disponibilidade deste instrumento, conforme anunciou o académico Maphossa, estão criadas as condições para abertura do mestrado em Física Médica, na maior e mais antiga instituição superior do país.
Ressalve-se que esteve, recentemente, em Maputo uma delegação austríaca com objectivo de delinear o último passo para a instalação desta máquina no território nacional, bem como negociar a capacitação de quadros locais sobre formas de utilização do aparelho.
Paralelamente, Alexandre Maphossa a anunciou ainda a existência de um projecto de protecção radioactiva, enquadrado neste programa, do qual, segundo ele, três estudantes estão a ser formados no grau de mestre e um no grau de doutor em Física Médica.