A Vale Moçambique está a reaproveitar cerca de 80 por cento da água usada nas suas operações carboníferas na Mina de Moatize, província de Tete, com o objectivo de promover o uso eficaz e
sustentável do precioso líquido, melhorando o seu processamento e evitando desperdício.
Dados disponíveis indicam que o maior uso da água na Mina de Moatize ocorre no processamento do carvão, no combate às poeiras, na limpeza das instalações e equipamentos, na revegetação das áreas de mina, na jardinagem, combate aos incêndios, para além do consumo humano, sendo que para melhor aproveitamento, a Vale tem apostado na recolha e acumulação da água da chuva na parte mais baixa da cava da mina.
Paralelamente, todo o esgoto gerado nas instalações da mineradora é tratado numa estação de tratamento de efluentes domésticos e posteriormente direcionado para um reservatório para ser reaproveitado.
Carmen Bilale, Directora do Fundo de Investimento e Património de Água (FIPAG) em Tete, disse que “os processos de reaproveitamento da água são de extrema importância para a garantia de disponibilidade deste recurso”.
Refira-se que na etapa de desenvolvimento do projecto de Moatize foram realizados estudos de disponibilidade hídrica, com a finalidade de contribuir para a conservação do recurso.
Até porque, desde a fase de implantação da mina, a Vale procura optimizar o uso da água por meio da redução da sua utilização, da prática de reutilização e da minimização da geração de efluentes.
Captação da água no Rio Revubuè
A água usada nas minas de Moatize pela Vale é captada no lençol freático por meio de poços localizados próximos ao rio Revubué e direccionada por meio de tubagem de aproximadamente 20 quilómetros até àmina.
Relativamente ao impacto da mineração nos recursos hídricos, Altiberto Brandão, Director de Operações da Vale em Moatize, referiu que não existe nenhum impacto negativo nesta operação porque a captação da água usada na mina é subterrânea e não afecta o caudal do rio.
