A Ministra da Função Pública, Vitória Diogo, disse na última sexta-feira, em Marracuene, província de Maputo, que os funcionários do Estado devem ser humildes e gratos para com a sociedade
moçambicana, visto que os seus salários vêm das contribuições que estes fazem, nomeadamente, através das matrículas nas escolas, impostos, entre outras.
Vitória Diogo deixou estas recomendações durante uma reunião com cerca de 400 funcionários de diferentes instituições do Estado do distrito de Marracuene afectos aos sectores de Educação, Saúde, Interior e outros. O objectivo do encontro era de fazer com que os funcionários e agentes do Estado, para além exigirem os seus direitos, reconheçam, igualmente, a existência de deveres por cumprir. Para a governante, os funcionários têm que procurar, em grande medida, conhecer estes que regem os funcionários do Estado.
A ministra lembrou que cada funcionário tem um poder no sector onde é afecto, podendo ser no atendimento ao público, na escola, no posto de saúde, entre outros. No entanto, avançou que esse poder não deve ser usado para prejudicar os indivíduos utentes desses serviços.
“O nosso salário não é fabricado. Vem das contribuições das populações. Então, o professor, o enfermeiro, o médico, a parteira, as recepcionistas, as secretárias têm a obrigação de tratar, ensinar, atender todo aquele que precisar dos seus serviços”,disse para em seguida destacar a necessidade de haver um atendimento humanizado, uma vez que “um simples carinho, conforto podem contribuir na solução de alguns problemas, mesmo que não haja material para tal”.
A Ministra pediu aos funcionários que não pautem por comportamentos desumanos, tal como se tem assistido nalguns sectores do Estado.
“A população perdeu confiança em nós, então temos que mudar de conduta, porque a vida daquele cidadão depende de nós”, apelou.
Entretanto, falando do reajuste salarial, referiu que o Governo tem trabalhado nos últimos anos no sentido de ver melhorada a vida dos seus colaboradores. “Sabemos que existem muitos países na Europa que não estão a conseguir fazer o reajuste salarial, devido às dificuldades que têm enfrentado nos últimos tempos. Mas nós, mesmo com as contrariedades que temos, procuramos fazer de acordo com os nossos planos”, aclarou.
Segundo Vitória Diogo, o Estado tem procurado igualmente fazer face aos vários desafios, tais como melhorar as condições de vida dos seus funcionários sem, no entanto, deixar de lado a sociedade.
Com efeito, vem sendo construídas várias novas salas de aulas, postos de saúde, entre outros serviços, para além de recrutar mais indivíduos, de forma a permitir que as pessoas não percorram distâncias longas para beneficiar dos serviços que necessitam.
Abibo Selemane
Foto de Jerónimo Muianga
