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Taxa de lixo não cobre custos para a remoção

Por admin

Texto de Benjamim Wilson e Fotos de Inácio Pereira

O Conselho Municipal está a estudar formas para garantir a sustentabilidade do processo de remoção de resíduos sólidos urbanos na cidade de Maputo, o qual vem sendo suportado em grande medida pelo Banco Mundial, no âmbito do PROMAPUTO.

David Simango, presidente do Município, revelou que a taxa de lixo que é cobrada na autarquia apenas serve para cobrir 55 por cento dos custos operacionais de remoção de resíduos sólidos urbanos, sendo que, os restantes 45 por cento, são suportados pelo Banco Mundial.

Com o aproximar do final da fase 2 do Programa de Desenvolvimento Municipal (PROMAPUTO), aprazado para 2015, a edilidade tem que encontrar formas de suportar os custos da operação de remoção.

O edil disse estar a ser feita uma reflexão para encontrar mecanismos que possam garantir a sustentabilidade dos custos, face ao aproximar do término do Programa de Desenvolvimento Municipal.

LIXO COMO PRIORIDADE

Em Maputo, a questão relacionada com a gestão de resíduos sólidos vem sendo há bastante tempo falada, que, em algum momento, pode servir de inspiração para a elaboração de uma caricatura ou servir para uma produção cinematográfica.

Podemos todos entrar em consenso que andamos muitos furos abaixo em matéria do tratamento de lixo na cidade, a tal ponto de a autarquia enfrentar dificuldades para proceder à remoção.

O edil de Maputo destacou que, a gestão de resíduos sólidos constituiu sempre uma prioridade do seu executivo, havendo esforços que estão a ser levados, em acções coordenadas com as comunidades residentes, ao nível dos distritos municipais.

Decorreu, por ocasião das celebrações dos 127 anos de Maputo, a terceira edição da Feira Ambiental e nela se multiplicaram os apelos para a observância de cuidados em termos de gestão de resíduos sólidos.

Naquela feira, foram expostos vários exemplos de que nem todo o lixo é matéria para jogar fora, podendo ser reutilizado, até no sentido de constituir fonte de rendimento.

O presidente do Conselho Municipal, David Simango, defendeu que, hoje, o lixo na nossa cidade, está a ser gradualmente transformado em “fonte de negócio”, através de um tratamento estruturado.

Por ocasião da celebração dos 127 anos da cidade, Simango congratulou-se pelo facto de, nos 64 bairros da urbe, não ser possível hoje encontrar-se “autênticas lixeiras”, naquela que foi uma das nossas piores “fotografias” durante muito tempo.

Tal como revelou, foi recentemente criado, pelos serviços de salubridade, um gabinete que vai se ocupar pela educação cívica dos munícipes, de modo a trabalhar para que haja uma mudança de atitude no que concerne ao tratamento de lixo.

Temos que investir muito na educação cívica, frisou Simango.

Falando acerca do tratamento do lixo na nossa cidade, a presidente do Conselho de Administração do Fundo do Ambiente, Águeda Tadeu, apelou para que se adopte boas práticas ambientais, sendo desejável que cada um dos munícipes soubesse tratar da melhor forma os resíduos.

OS TRÊS “R`s”

Reduzir, reciclar e reutilizar são três expressões verbais que o Conselho Municipal pretende ver conjugadas nos próximos tempos para, em matéria do lixo, a nossa cidade alcançar outros desenvolvimentos em termos de gestão de resíduos sólidos.

Conforme soubemos junto do director municipal de Salubridade, João Mucavele, a cidade de Maputo possui diversos eco-pontos, lugares que se dedicam à recolha de resíduos, entre ferros, papel, plásticos, vidros, entre outros materiais, para a sua reciclagem.

Refira-se que, um projecto-piloto de tratamento separado de lixo tem estado a ser desenvolvido no bairro Chamanculo-D, podendo vir a ser replicado pelas restantes zonas residenciais de Maputo.

Lixeira de Hulene

em processo de encerramento

Face ao avançado estudo para a construção do futuro aterro sanitário partilhado pelos municípios de Maputo e da Matola, mais concretamente em Mathlemele, a lixeira de Hulene começa a ser gradualmente encerrada.

Foram assegurados os fundos para a construção do futuro aterro, numa área de 100 hectares, estando para breve o arranque dos estudos do projecto executivo, conforme soubemos.

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