A sociedade civil, integrada pelo Fórum das Organizações Não-Governamentais de Niassa (FONAGNI), marchou no passado dia 9 do mês em curso, numa iniciativa que visa pressionar o Governo a
assegurar a asfaltagem da Estrada Nacional Nº 13, que liga as duas principais cidades da província: Lichinga e Cuamba.
José Domingos Chocome, presidente da referida organização, disse ao nosso jornal que a iniciativa tem em vista angariar assinaturas dos naturais e residentes de Niassa, as quais serão entregues ao Governo provincial. “É uma forma de exigir as promessas de asfaltar a EN13, que há 15 anos não estão a ser cumpridas”, explicou.
Para a FONAGNI, a EN13 é, ao nível de Niassa, a principal rodovia através da qual é possível escoar a produção agrícola, produtos de primeira necessidade e outros materiais básicos para o alavancamento da economia na província.
No caso concreto, continuou a nossa fonte, a falta de asfalto na estrada Lichinga-Cuamba retarda o desenvolvimento de Niassa, pois o fraco escoamento de produtos contribui para que haja muitos encargos sobre o produto final, para além do aumento dos custos de manutenção das viaturas que são danificadas pelo estado precário daquela estrada.
Chocome apontou as consequências ambientais, sublinhando que é notável um acentuado processo de perda de solos, com consequências graves tanto para o meio ambiente como para a eliminação da camada orgânica dos solos, o que contribui para o surgimento de processos de desertificação e perda de áreas para a prática de agricultura.
“A poeira levantada pelas viaturas em tempos secos cria problemas de saúde aos residentes ao longo da rodovia”, concluiu Chocome, para quem o fórum que dirige pretende fazer entender ao Executivo moçambicano sobre o sentimento da população de Niassa, principalmente sobre a importância que uma estrada asfaltada tem para a vida das comunidades.