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Persistem desafios no acesso à água potável

Por admin

O sector das águas no país registou no ano passado obras que contribuíram para avanços no que tange à manutenção e tratamento da água. Contudo, existem ainda desafios para garantir que

 o país alcance os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) que preconizam o acesso à água potável para a maioria dos moçambicanos sobretudo nas zonas rurais. Esta foi uma das ilações

feitas no decurso do encontro nacional de Revisão Anual Conjunta decorrido semana finda em Maputo.

 

O Ministro das Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba destacou avanços como inovação do tratamento das águas residuais na cidade da Beira, a reconstrução ou reabilitação de 2 mil e 378 fontes dispersas e a construção e reabilitação de 35 pequenos sistemas de abastecimento de agua nas zonas rurais.

A construção de 69 mil 913 latrinas melhoradas e estabelecimento de 79 mil 175 ligações bem como a construção de 50 estações hidroclimatológicas foram outros avanços alcançados pelo sector.

Muthemba referiu ainda que os factores acima referidos contribuíram para os níveis de desenvolvimento socio-económico que o país está a registar.

Acrescentou a necessidade de se preservar o que foi alcançado de modo apermitir que um número cada vez maior de moçambicanos tenha acesso a água e ao saneamento básico.

 

NECESSIDADE DE MAIS

INFRA-ESTRUTURAS DE RETENÇÃO

 

Ao longo da sua intervenção o responsável pela pasta das Obras Públicas e Habitação fez referência ao facto de a maior parte das bacias hidrográficas que se encontram no país serem provenientes de países vizinhos, facto que torna Moçambique dependente em relação a disponibilização de actividades dos recursos hídricos como em termos de vulnerabilidade e ocorrência de eventos como seca e cheias que afectam negativamente diferentes sectores de actividade.

“Moçambique é um país que está a jusante de 9 das 15 principais bacias hidrográficas da região da Africa Austral. Por outro lado, possui uma das mais baixas taxas de armazenamento de água ao nível dos países da SADC, que é estimada em cerca de cinco porcento se excluirmos a hidroeléctrica de Cahora Bassa”, explicou.

Face a esta realidade, o Ministro fez alusão a necessidade de construção de mais infra-estruturas de relação e armazenamento de água.

 

MAIOR ACESSO

À AGUA NAS ZONAS RURAIS

 

No que concerne ao acesso de água e saneamento do meio rural, a embaixadora dos Reinos dos Países Baixos, Frédérique de Men, referiu que o Programa Nacional de Água e Saneamento Rural, já está em funcionamento há seis anos,  está a surtir um impacto positivo.

Referiu que a previsão é de médio prazo e irá providenciar condições essenciais, um elemento importante a tomar em conta para o futuro de desenvolvimento do sector.

Segundo a embaixadora, este facto vai exigir do país uma autonomia de nível descentralizado, pois na sua óptica, é nas aldeias ou distritos onde persistem notáveis desafios no abastecimento de água e no saneamento do meio.

Por outro lado, afirmou que é a sustentabilidade financeira constitui a chave para o investimento e manutenção. “O desafio actual para o sector é capturar uma maior fatia do orçamento do Estado uma vez que os investimentos nesta área ainda estejam em estreita dependência de fontes externas”, referiu.a

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