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Má actuação da polícia leva os chapas a paralisarem actividade

Por admin

Os transportadores semicolectivos de passageiros da rota que liga Xipamanine a destinos como Michafutene, Cumbeza e Marracuene, em Maputo, paralisaram ontem as suas actividades em protesto contra a alegada má actuação da Polícia Municipal.

Eles queixam-se do excesso de zelo da Polícia Municipal, que culmina com a apreensão das suas viaturas sem, segundo disseram, justa causa. Também reclamam a aplicação de multas de forma sistemática e nalgumas vezes cobranças ilícitas protagonizadas por alguns agentes da corporação.

A situação criou embaraço e comprometeu agendas de muitos passageiros que têm no transporte semicolectivo a única alternativa para se fazerem aos seus destinos

Paulo Ubisse, transportador, explicou que quando partem de Xipamanine com destino a Michafutene ou Marracuene, por exemplo, os carros têm chegado ao terminal do Zimpeto muitas vezes sem passageiros para aqueles destinos.

Nestes casos, segundo Ubisse, a associação orientou-os a transportar os passageiros que se encontrem à espera, com destino a Xipamanine.

No entanto, segundo conta, a Polícia Municipal autua os operadores que ousem agir deste modo, alegando que se trata de encurtamento de rota.

Por seu turno, Alfredo Mandlate, da Associação dos Transportadores Semicolectivos de Michafutene, corroborou com os grevistas dizendo que há desmandos protagonizados pelos agentes da Polícia Municipal.

Para Mandlate, a solução deste problema passa necessariamente por criar uma paragem intermédia ao longo da Avenida de Moçambique para o embarque e desembarque de passageiros que viajam em carros que têm como destino Michafutene, Cumbeza e Marracuene, deixando desta forma de usar o terminal do Zimpeto.

Entretanto, Joshua Lai, porta-voz da Polícia Municipal, nega haver desmando e cobranças ilícitas por parte dos agentes municipais, afirmando que os transportadores pretendem é cometer desmandos sem ser chamados à razão.

“Não há cobranças clandestinas aqui no terminal do Zimpeto. Eles estão habituados à desordem e isso não podemos admitir. Em caso de cobranças ilícitas que identifiquem o agente em causa para podermos actuar”,disse Lai.

 

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