As festas no país, de uma forma geral, foram caracterizadas por uma relativa tranquilidade. Mas, semana finda, baleamentos mortais quebraram o sossego na cidade de Maputo.
Esta foi a apreciação feita pelo porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique, Inácio Dina, que sustenta o facto pela relativa diminuição do número dos casos criminais comparativamente à passagem do ano de 2015 para 2016.
A fonte indicou que no período que decorreu de 30 de Dezembro de 2016 a 2 de Janeiro de 2017, ou seja, de sexta a segunda-feira, a Polícia foi notificada da ocorrência de 13 casos criminais, o que representa uma diminuição em dois casos comparativamente a igual período do ano passado.
Entretanto, há a destacar o facto de quatro dos 13 casos terem sido assassinatos, três agressões físicas e uma violação sexual de uma menor. Os restantes casos distribuem-se entre roubos e furtos qualificados.
DEZASSEIS MORTOS
EM ACIDENTES
Dezasseis pessoas perderam a vida nos três dias do fim-de-semana prolongado como consequência de 14 acidentes de viação e há ainda a registar 26 feridos, dentre graves e ligeiros e danificações nas viaturas envolvidas.
Dentre os acidentes, os atropelamentos, em número de sete, continuam a ser o maior tipo, seguidos de cinco despistes e capotamentos, um choque entre carros e um choque carro-motorizada.
CORRUPTORES NEUTRALIZADOS
Dois cidadãos de nacionalidade burundesa foram detidos em plenas festas da passagem do ano ao tentarem subornar membros da Polícia de Trânsito (PT) que os interceptaram a conduzir em contra-mão.
Trata-se de Stanslas Nkutsundziza e Shibo Marra que se envolveram de diferentes maneiras na tentativa de corrupção. O primeiro burundês foi interceptado pela PT a conduzir em contramão na Avenida do Trabalho, zona do Mercado da Malanga, cidade de Maputo, no dia 30 de Dezembro. Ao se ver perante as autoridades, o indivíduo tratou de colocar 1400 meticais entre a documentação que entregou ao agente. Este, por sua vez, juntou os documentos e o dinheiro e mandou algemar o prevaricador, por tentativa de suborno, levando-o à 18.ª Esquadra da PRM, localizada junto ao Cemitério de Lhanguene, onde viu a passagem do ano atrás das grades.
Já no dia 2 de Janeiro, segunda-feira, um familiar do detido dirigiu-se à esquadra levando dez mil meticais para mais uma tentativa de suborno. Acto contínuo, o dinheiro foi juntado ao processo, como prova do crime, e este segundo burundês colocado igualmente atrás das grades.
A legalização desta detenção aconteceu no dia seguinte, estando o processo a seguir os trâmites legais.
No total recolheram aos calabouços 25 pessoas envolvidas em crimes diversos.