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Cenário de inundações é preocupante

Por admin

A Ministra da Administração Estatal, Carmelita Namashulua, assegurou, sexta-feira última, em Maputo, após um encontro do Conselho Coordenador de Gestão das 

Calamidades, orientado pelo Primeiro-Ministro, Alberto Vaquina, que a situação gerada pelas chuvas na presente época é preocupante, visto que até ao momento foi registado em todo país um total de 13 óbitos, entre adultos e crianças, dos quais oito na cidade de Maputo e dois na Matola. De igual modo, foram contabilizados 40 óbitos em todo país desde Outubro do ano passado até esta parte, excepto Inhambane e Sofala que não registaram óbitos.

 

O Conselho Coordenador de Gestão das Calamidades, reuniu-se na sexta – feira, em Maputo, depois da activação do alerta laranja, atendendo ao agravamento da situação, particularmente na bacia do Zambeze, Save, Messalo, Licungo, Púnguè e Inhanombe. 

Segundo a Ministra, há um abrandamento das chuvas no centro e norte, enquanto no sul há a probabilidade da ocorrência de chuvas em regime moderado a forte, durante o fim-de-semana, facto que faz com que as autoridades estejam em prontidão para atender os possíveis afectados.

A maior preocupação presentemente tem a ver com a cidade de Maputo e Matola, onde ainda prevalecem situações de aflição geradas pelas chuvas da última terça-feira.

Conforme soube o domingo, há um trabalho de sensibilização que está a ser levado a cabo pelas autoridades municipais em coordenação com as estruturas dos bairros tradicionalmente afectadas pelas enxurradas para que todas as pessoas sejam evacuadas das zonas de risco para as de reassentamento de forma a prevenir a ocorrência de desastres que possam resultar em mortes.

Para tal, será identificado um local estratégico, onde as pessoas retiradas das zonas de risco poderão deixar os seus bens e a Unidade de Protecção Civil (UNAPROC) foi mobilizada para proteger os bens das pessoas, tanto nas zonas afectadas, assim como nos locais para onde serão destinadas. “Estamos num período crítico da época chuvosa. Onde os maiores casos registados foram de arrastamento das pessoas e bens pela corrente de águas pluviais. No entanto, apelamos aos pais que estejam mais atentos nas movimentações das crianças, tratando-se da ala mais vulnerável”, disse Namashulua.

Neste momento, estão disponíveis cerca de 120 milhões de meticais para o Plano de Contingência, onde será distribuído em todas as províncias, de modo apoiar as famílias afectadas.    

Entretanto, a Ministra garantiu que, devido ao agravamento da situação que assola o país, a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) iria proceder a partir de ontem, sábado, à abertura gradual de comportas, o que deverá representar um incremento das descargas dos anteriores 1900 para 3500 metros cúbicos por segundo.  

“As autoridades da HCB esperam uma ligeira subida do nível hidrométrico, pelo que se recomenda aos utilizadores e à população em geral, que reside ao longo do rio Zambeze, para que tomem as devidas medidas de precaução face à possibilidade do agravamento do cenário das inundações”.

Em relação às infra-estruturas públicas completamente destruídas pela fúria das águas, sobretudo as salas de aulas, considerando que o ano lectivo arrancou na semana passada, Carmelita Namashulua, disse que o sector da Educação saberá como gerir esta situação. Deverá estar mais organizado, de modo que as crianças tenham aulas de recuperação aos sábados.       

No quadro do acompanhamento da situação que devasta o país desde terça-feira passada, o Primeiro-Ministro, Alberto Vaquina, que é igualmente Presidente do Conselho Coordenador da Gestão das Calamidades, desloca-se a partir de hoje, às zonas afectadas nas províncias da Zambézia, Sofala, Manica, Tete e Inhambane.

As estatísticas indicam que as províncias que registaram números elevados de óbitos foram cidade de Maputo, com oito, o mesmo número em Gaza, seis em Nampula, cinco em Niassa, quatro em Manica, e o mesmo número na  Zambézia. 

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