A Assembleia Municipal da Cidade de Chimoio (AMC), na província de Manica, acaba de aprovar a nova tarifa de transporte de passageiros que passará a ser implementada dentro dos próximos dias. O novo preço a vigorar dentro da cidade será de sete meticais contra os actuais cinco meticais, em vigor desde 2007.
A resolução que propunha o agravamento da tarifa de transporte foi aprovada no decurso da VI Sessão Ordinária da Assembleia Municipal, com 21 votos da bancada maioritária do Partido Frelimo contra 19 abstenções do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
Concluída esta fase, seguir-se-á o anúncio oficial da medida sobre a entrada em vigor do novo preço dos transportes de passageiros. O mesmo será feito em lugares públicos e instituições para dar a conhecer os munícipes esta decisão.
O chefe da bancada da Frelimo na Assembleia Municipal de Chimoio, Francisco Tomo, explicou que os membros da bancada maioritária votaram a favor da proposta porque foi elaborada obedecendo as metodologias estabelecidas pela lei.
Explicou que a tarifa em uso que é de cinco meticais mostra-se desajustada a realidade actual em virtude de estar a ser implementadas há mais de sete anos. Tendo em conta o princípio de um quilómetro/ um metical, hoje o cenário é diferente porque o raio coberto pelos transportes de passageiros aumentou nos últimos anos.
“Há sete anos que não fazíamos o reajuste dos preços. Quando foi aprovada a tarifa em vigor muitos bairros não beneficiavam de transporte de passageiros. Hoje os “chapas” circulam por quase todos os bairros, inclusive nos mais distantes da cidade. Portanto, pensamos ser oportuno rever a tarifa.”
Intervindo no momento de declaração de voto, o chefe da bancada do Movimento Democrático de Moçambique, João Ferrão referiu que quanto a resolução sobre a nova tarifa de transporte, o seu partido absteve-se porque ainda não estão criadas condições mínimas para sua efectivação.
Na opinião da bancada do MDM, ao invés de se pensar no aumento da tarifa, seria melhor que se melhorassem as vias de acesso e se construíssem bombas de combustível para servir especificamente aos transportadores de passageiros.
Domingos Boaventura
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