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Mulheres e raparigas continuam a ser submetidas à mutilação genital

Por admin

Cerca de 7.9 milhões de mulheres e  raparigas foram submetidas à Mutilação Genital Feminina ( MGF) na Tanzânia, apesar das leis que proíbem tal prática.O Director da Infância no Ministério do Desenvolvimento Comunitário e Género, Bento Misani deu esta a informação durante uma recente reunião do Fórum para a Dignidade da Criança, onde sublinhou que o problema é agravado pela falta de vontade política para acabar com este mal.

Ele disse que de acordo com um relatório recente, estima-se que as meninas e mulheres com idades compreendidas entre 15 e 49 anos foram submetidas a Mutilação Genital Feminina, situando-se agora em 14.6 por cento contra os anteriores 17,9 por cento, como resultado das campanhas maciças contra a prática.

Observou que a introdução de leis que proíbem a prática tem reduzido de certa forma a MGF e adiantou que o governo assinou tratados e acordos que proíbem a Mutilação Genital Feminina, incluindo a Convenção dos Direitos da Criança em 1989.

Bento Misani elogiou os esforços como os do Fórum para a Dignidade da Criança, na luta contra a mutilação genital feminina e apelou as organizações da sociedade civil para trabalhar com o governo de modo a encontrar-se uma solução duradoira para o problema.

“Recomendo o Forum para a Dignidade da Criança para redobrar os seus esforços na luta contra a circuncisão feminina, especialmente através da organização de encontros como este, que mostra que estamos empengados em acabar com esta prática”-acrescentou.

A directora-geral do Fórum para a Dignidade da Infância disse que a sociedade civil está a trabalhar incansavelmente  na luta contra a prática, mas apontou que parece haver falta de vontade política.

A matrona do centro de Masanga, no distrito de Tarime Germaine Balbika afirmou que desde que o centro foi criado já abrigou cerca de duas mil raparigas que escaparam a mutilação genital feminina.

Ela referiu que a maioria das meninas que vão para o centro de Tarime vem dos distritos de Serengeti, Ronya e Lindolo enquanto outras vem de lugares tão distantes, como o Quénia. 

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