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População marcha em repúdio à guerra

Por admin

População do posto administrativo de Muxúnguè, Chibabava e outras zonas circunvizinhas, saíram à rua ontem de manhã para marchar contra a guerra, condenando os recentes ataques ocorridos 

naquela região e o assalto ao paiol das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), em Savane, distrito de Dondo, em Sofala, onde várias pessoas morreram e outras ficaram feridas, para além de destruição de bens.

Na marcha, os populares empunhavam dísticos e entoaram canções religiosas, condenando a violência perpetrada por homens armados da Renamo. Os participantes, na sua maioria religiosos, pediram a paz e amor entre os homens. Recordaram que por mais que haja diferenças entre os homens, a guerra não é uma saída para se resolver o problema, porque só desgraça o povo, o país e o mundo. José Jossias, professor e crente da Igreja Adventista do Sétimo Dia, referiu que “queremos a paz. Os homens não se podem guerrear para atingir um certo fim, matando e destruindo aquilo que existe. O diálogo é a melhor saída para a resolução de problemas. Apelamos aos fazedores desta paz para que  continuem a honrar aquilo que juraram, em não voltar à guerra”.

Rodovina Samuel, também participante na marcha, condenou a violência, dizendo que “não queremos mais a guerra. Queremos criar os nossos filhos num clima de harmonia. As nossas crianças querem o nosso calor para crescerem. Quando há guerra, tudo muda e o sofrimento vive connosco. Não teremos possibilidade de trabalhar nem de ir à escola. As escolas, hospitais, e tudo, ficarão destruídos”. 

Por seu turno, o pastor distrital da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Chibabava, António Manule Cuchata, orou pela paz, tendo igualmente apelado ao amor entre os homens, assim como Deus amou o seu filho. Disse que o país não precisa de mais guerra para resolver os problemas que nele existem. “Tudo resolve-se com o diálogo. O mundo é feito de muitas tempestades. O importante é que os homens saibam superar essas dificuldades. Para isso é necessário que estejamos unidos numa única causa nobre que é a paz. Com a paz, seremos felizes connosco mesmo e com o nosso próximo”, lembrou Cuchata.    

A marcha teve um percurso de um quilómetro e começou na zona das lojas e terminou defronte do edifício da Secretaria do Posto administrativo de Muxúnguè. 

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