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Banco central expande balcões e serviços

Por admin

O Banco de Moçambique (BM) está a levar a cabo, em todo o país, uma exposição infográfica sobre a bancarização em Moçambique com o objectivo de mostrar através de fotografias, vídeos, entre outros,alguns dos resultados da implementação do projecto de Bancarização, durante os 5 anos de vigência.

domingoapurou que já existem contrapartidas visíveis desde o lançamento do programa de bancarização da economia em 2007, que tem em vista estender os serviços financeiros à escala nacional, com maior enfoque para as zonas rurais. A título de exemplo, em 2007 existiam em Moçambique apenas 278 agências, na sua maioria concentradas nas cidades, elevando-se para 505 até o ano passado.

Ainda no mesmo âmbito, apenas 28 distritos tinham serviços bancários até 2007, número largamente ultrapassado até o ano passado, alcançando 63 distritos.

O desafio agora é expandir não só os bancos, mas também os respectivos serviços, nomeadamente, Caixas Multibanco (vulgo ATM´s) e Pontos de Serviços (POS´s).

No que concerne à prestação destes serviços, a nossa Reportagem apurou  que em 2007 existiam cerca de quatro mil na sua maioria concentrados na cidade e província de Maputo. Dados disponíveis indicam que até o ano passado existiam perto de seis mil ATM´s e POS´s. No entanto, apenas os quatro maiores bancos é que usam estas ferramentas tecnológicas, designadamente Banco Internacional de Moçambique (BIM), Barclyas, Standard Bank e o Banco Comercial de Investimentos (BCI).

Segundo apuramos junto do Banco Central, a viabilidade financeira das operações, na perspectiva de lucros, é em geral, o principal motivo das instituições privadas para a escolha da localização do espaço físico dos balcões ou da extensão dos seus serviços, factor que muitas vezes é condicionado por aspectos de natureza estrutural, cuja eliminação passa pela adopção de medidas de longo prazo.

Assim sendo, as autoridades têm desenvolvido acções diversas, incluindo o aperfeiçoamento dos mecanismos regulamentares ao seu dispor, com o intuito de minimizar os constrangimentos à presença de bancos nas zonas menos desenvolvidas.

Por outro lado, o Banco de Moçambique tem vindo a adoptar uma série de medidas tendentes a incentivar  instituições de crédito e sociedades financeiras a expandirem a sua actividade para estas zonas, como forma de dinamizar o desenvolvimento económico e transformar a poupança ociosa nessas zonas num instrumento de financiamento à actividade económica.

Um dos vectores destas medidas tem sido o incentivo à fixação de micro-finanças, dado o seu papel fundamental no desenvolvimento da intermediação financeira no país, tendo em conta que as actuais condições das zonas rurais as tornam menos apetecíveis para a instalação dos bancos convencionais.            

Estas acções foram levadas a cabo no âmbito do XXXVII Conselho Consultivo do BM, realizado no presente ano, na cidade de Pemba, quando esta instituição procedeu ao lançamento de uma exposição denominada “A Bancarização em Moçambique” com o propósito de ilustrar, através de infografias, fotografias e vídeos, alguns dos resultados da implementação do projecto de bancarização durante os 5 anos de vigência.

Ressalve-se que a exposição já aconteceu em Pemba, Nampula, Lichinga, Beira, Tete, Quelimane e Maxixe. A última etapa foi na cidade de Maputo.

De notar que no passado mês de Outubro, o Banco de Moçambique orientou palestras sobre Educação Financeira na zona centro do paíscom vista a transmitir conhecimentos sobre a abertura de contas bancárias e cuidados a ter com as mesmas. Na ocasião, os beneficiários tiveram a oportunidade de saber mais sobre a Central de Registos de Crédito e o Atendimento de Reclamações.

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