– defende a Associação Moçambicana de Economistas (AMECON)
TEXTO DE IDNÓRCIO MUCHANGA
IDNORCIO.MUCHANGA@SNOTICICAS.CO.MZ
A Associação Moçambicana de Economistas (AMECON) entende que a Política Monetária implementada pelo Banco de Moçambique após a pandemia conseguiu controlar a inflação, no entanto não teve sucesso na estimulação do crescimento económico, situação agravada pela elevada taxa de juro que contribuiu para retrair o crescimento económico e a produtividade dos sectores.
A observação foi feita semana passada, em Maputo, por economistas durante um encontro realizado pela AMECON, que tinha como objectivo colocar em revista a “Eficácia e Eficiência da Política Monetária e o seu Impacto na Economia”.
O bancário Alfredo Mondlane referiu que, devido às altas taxas de juro, o sector de construção civil registou um rácio de dívida e produção acima de 100 por cento.
O bancário aconselhou a olhar-se para a velocidade de implementação do coeficiente de reservas obrigatórias, porque, segundo ele, a Política Monetária é transmitida de forma muito agressiva à economia, não dando espaço para o sector empresarial absorver os primeiros choques. Por este motivo, “esta situação teve um impacto significativo e o sector financeiro reduziu o seu desempenho”, disse.
Para resolver a variação da inflação, Alfredo Mondlane sugeriu que o Banco de Moçambique conjugue a implementação da Política Monetária com outros instrumentos macroprudenciais que não sejam intrinsecamente voltados para o incremento da taxa de juro. Leia mais…
