A comitiva moçambicana que participou do Campeonato Africano de Boxe da Zona IV, de 21 a 25 deste mês, visitou sexta-feira última, o antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, que esteve internado no Hospital Militar de Pretória onde deu entrada após sentir –se mal durante a sua viagem de regresso de Accra, Gana, para Maputo.
Chissano visitado no Sheraton Pretoria Hotel onde se encontra hospedado depois da alta hospitalar detalhou o seu estado clínico à comitiva moçambicana chefiada por Benjamim Uamusse (Big-Ben), presidente da Federação Moçambicana de Boxe. Chissano disse sentir-se bem e preparado para regressar ao país.
“Sinto-me muito bem. Saí do hospital hoje (sexta-feira) e estou aqui no hotel a repousar à espera do controlo médico que vou ter no domingo (hoje), para na segunda-feira (amanhã), se Deus quiser, seguir para Moçambique. Já estou autorizado a viajar de avião, o que não podia fazer nas semanas passadas”,vincou.
A recuperação é segundo Joaquim Chissano uma batalha ganha, graças a
competência dos médicos que o assistiram durante a doença. Destacou, por
outro lado, a sua vontade e a “mão”’ de Deus como um dos trunfos para a
vitória sobre a doença que o apoquentava.
“Se não fosse a minha vontade e a mão de Deus, podia ter chegado a
Joanesburgo e seguir para Maputo sem me preocupar com o meu estado de saúde, não sabendo que tinha outras doenças, como é o caso da infecção gastro-intestinal. Quando cheguei ao hospital pensei, a dada altura, que tinha a situação controlada, mas os médicos sugeriram-se mais diagnósticos e, o que foram encontrar era mais grave ainda, tinha um coágulo na perna”,explicou, o ex-Presidente visivelmente emocionado pela visita dos atletas. Ainda de acordo com Chissano, o coágulo era a razão que o impedia de se deslocar, incluindo para viajar de regresso ao país, mesmo de avião. “O coágulo está a se desfazer, por isso os médicos deram-me alta e autorizaram a fazer movimentos”, continuou.
No final da visita de cerca de 20 minutos, Joaquim Chissano deu um recado
aos pugilistas, afirmando que boxe é inteligência e que o pugilato não significa agressões físicas, mas sim combate que se restringe ao ringue.
À saída da comitiva moçambicana, a esposa do ex-estadista, Marcelina
Chissano, estava a entrar no hotel e agradeceu a iniciativa da Federação
Moçambicana de Boxe pela visita ao seu marido. Pugilistas, treinadores e dirigentes e jornalistas saíram do hotel muito satisfeitos por terem notado que o ex-presidente moçambicano está a gozar de boa saúde e amanhã deverá, em princípio, regressar ao solo pátrio.
Manuel Meque, em Pretória
