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Final em discussão

Por admin

Os finalistas da edição 2014 da Liga Nacional de Basquetebol sénior masculino podem ser conhecidos hoje, no final dos desafios Ferroviário de Maputo – Costa do Sol e Ferroviário da Beira – Desportivo, agendados para a partir das 16 horas no pavilhão do Maxaquene.

Os dois confrontos são referentes à segunda jornada das meias-finais, disputadas no sistema de “Playoffs” à melhor de três, o que significa que no caso de as equipas vencedoras de ontem repetirem o êxito, não será necessário o terceiro jogo.

Em campo estão as quatro melhores equipas das oito que disputaram a fase regular. Ficaram excluídas das meias-finais as equipas do Maxaquene, Universidade Pedagógica de Maputo, Soprotecção de Quelimane e Universidade Pedagógica de Nampula.

O Maxaquene, tradicional candidato ao título, apresentou-se com uma equipa inexperiente e sem ritmo, tendo sucumbido com naturalidade frente aos adversários.

Já a Universidade Pedagógica de Maputo esteve à beira da qualificação, tendo vendido muito caro a derrota no derradeiro embate frente ao Ferroviário da Beira.

Aliás, faz todo sentido o discurso do treinador dos universitários de Maputo, Ernesto Mathlombe, no final do encontro frente aos “locomotivas” da Beira.

– Julgo que a nossa prestação foi positiva, dentro do que temos vindo a produzir. Não começamos bem o campeonato devido a falta de rodagem, fomos crescendo de jogo a jogo, evoluímos de forma positiva, considerando a juventude que reina na equipa. 

Entende também que o modelo de disputa do campeonato não é ideal, sobretudo para equipas que ficaram longo tempo sem competição, e, pior, sem saber quando seriam chamados a competir.

– Este tipo de competição não ajuda a evoluir, de forma alguma, ficamos aqui uma ou duas semanas a competir, depois tudo acaba, precisamos dum campeonato mais longo, de mais jogos que antecedem esta competição, e que não seja disputada nestes moldes

Calendário

Pavilhão do Maxaquene

 HOJE

17.00 h: Ferroviário-Costa do Sol

20.00 h: Ferroviário da Beira-Desportivo

TERÇA-FEIRA

18.00 h: Ferroviário-Costa do Sol

20.00 h: Ferroviário da Beira-Desportivo

Vamos fazer o impossível

para chegar à final

– Octávio Magoliço

Octávio Magoliço destaca-se na tabela do Ferroviário da Beira. Apesar da falta de competição no “Chiveve”, só pensa em ser campeão, 

– A nossa qualificação às meias-finais é um facto de louvar, já estávamos a preparar o campeonato desde o início da época, sabendo que na cidade da Beira não há campeonato. Estamos a ganhar ritmo aqui no campeonato para tentar chegar à final e decidir tudo.

O jogador fala mesmo do impossível na luta pelo título.

– Vamos lutar até ao fim, sabemos que não há candidato favorito, vamos fazer o impossível para chegar à final. Até podemos ser fortes, mas falta-nos ritmo. Nos próximos jogos, nossa equipa pode ser forte e madura.

Respeitamos todos adversários

– Custódio Muchate

Custódio Muchate, do Ferroviário de Maputo, entende que o facto de ter terminado a fase regular sem derrotas não torna a sua equipa a mais favorita ao título de campeão nacional, até porque, sublinha, o princípio da equipa é respeitar todos adversários de igual modo.

– É sempre bom ganhar, terminamos a primeira fase invictos, mas essa fase já não interessa, é importante entrarmos mais concentrados nos jogos das meias-finais e continuar a trabalhar para acertar mais em situações que estivemos mal.

O atleta sublinha que a concentração tem sido a principal arma do Ferroviário

– Nesta fase do campeonato é importante respeitar todos adversários, vamos fazer isso até ao fim, encaramos todos da mesma forma, é fundamental entrarmos concentrados.

Augusto Matos:

o senhor dos 31 pontos!

Augusto Matos rubricou uma exibição de encher o olho no confronto que envolveu o seu Desportivo e o Ferroviário de Maputo, quinta-feira passada, a fechar a fase regular da Liga Nacional de Basquetebol masculino.

Perante a organização táctica e qualidade técnica evoluída dos “locomotivas”, o extremo “alvi-negro” chamou a si a responsabilidade de resolver os inúmeros problemas de sua equipa.

De pontaria afinada, Augusto Matos foi o principal lançador do Desportivo à longa distância e, também, irrequieto no jogo interior, tendo marcado muitos pontos debaixo da tabela, frequentemente fugindo de Ermelindo Novela, uma das melhores unidades do Ferroviário.

Mau mesmo para o jogador foi ver uma exibição de luxo ser superada pelo jogo colectivo do conjunto orientado por Horácio Martins.

Nada que evapore o perfume do Senhor dos 31 Pontos!

Irmãos Novela e Matos dão cartas

Duas famílias pontificam na Liga Nacional de Basquetebol, em representação do Ferroviário de Maputo, Desportivo e Soprotecção de Quelimane.

Os “locomotivas” de Maputo têm apresentado no seu cinco os gémeos Orlando e Ermelindo Novela, nados na Matola.

A estes junta-se o mais velho Gerson Novela, um precoce veterano agora a desempenhar funções técnicas na equipa comandada por Horácio Martins.

Os Matos são o esteio do Desportivo, através de Augusto e Pio Matos Jr. Duas peças determinantes no melhor e pior dos “alvi-negros”.

O mais velho dos Matos ainda faz das suas, agora na equipa da cidade natal, Soprotecção de Quelimane. Foi interessante vê-lo torturado e a perder duelos individuais com Pio Matos no jogo entre ambos.

Certamente, as contas foram cobradas em família.

Devem treinar mais

– Belmiro Simango, ex-basquetebolista

Belmiro Simango, veterano campeão pelo Maxaquene, tem sido espectador atento das partidas que têm lugar no pavilhão dos “tricolores”. Abordado pelo domingo acerca da prova, defendeu que se nota pouco treino nalgumas equipas.

– Noto que algumas equipas vieram para esta competição com um propósito claro. Quero chamar atenção para se treinar mais, e fazer algo para aquilo que gostamos, começou por apontar.

Detalhou que “o que está a acontecer nesta competição, em termos gerais, é que não somos muitos dedicados, e quando acontece isso temos muitas incertezas”.

Chora pelo seu Maxaquene que ficou pelo caminho das meias-finais, “facto desgostoso, sobretudo porque em Moçambique quando se fala de basquetebol o Maxaquene e o Desportivo são incontornáveis, então quando uma dessas equipas fica pelo caminho é sinal de que algo não está bem”.

Insiste que se treina pouco no país, todavia, “devo dar meus parabéns ao Ferroviário da Beira, que sem competição está a fazer um grande campeonato. Isso significa que se a direcção do clube estiver atenta, criar melhores condições para esta equipa, pode tirar melhores dividendos”.

Belmiro Simango está entusiasmado pelo nível técnico dos jogadores das equipas participantes.

– Estou a ver um basquetebol moderno, é bom para a competição, há maior velocidade, estão a aparecer bons lançadores, há maior percentagem de lançamentos interiores e exteriores, maior competência em termos de ressaltos ofensivos e defensivos, isso significa que os treinadores estão a ter competência e estão dedicados a melhorar o basquetebol.

No entender do nosso entrevistado, a competição veio demonstrar que os treinadores estão num bom caminho, daí que “desejo a eles as maiores felicidades e que continuem a trabalhar assim”.

Belmiro Simango não aponta nomes de atletas em evidência. Prefere dizer que “vi muitos bons. São jovens com futuro promissor, se se dedicarem podemos ter brilharetes à frente”

– Podemos voltar aos velhos tempos, está demonstrado aqui, é pena que o público do basquetebol não está aqui. O público não aparece por causa dos maus resultados. Se os resultados regressarem, o público virá em força. O basquetebol tem seu público.

Sustenta que “para o nível de basquetebol que estamos a ver era bom o público estar aqui. Com o carinho do público os jogadores podiam estar a produzir mais”.

No entanto, corrobora com a opinião da maioria dos intervenientes na competição, de que a falta de rodagem condiciona o desempenho das equipas.

– Temos de saber o que andamos a fazer, ficamos três meses sem competição para depois chegarmos aqui e disputarmos uma competição deste nível. Para jogadores que não estão preparados, isto é desgastante e perigoso, tem de haver uma calendarização, os clubes saberem o que estão a fazer, o que não acontece na maneira de gestão da modalidade pela federação.

Custódio Mugabe

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