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ACADEMIA T3 JUNTA ESCOLA E FUTEBOL

Por admin

Uma das experiências apresentadas é da Academia T3, fundada há 15 anos por um grupo de desportistas e professores de educação física.

Para integrar 

esta escola é indispensável que seja aluno, o que permite o controlo curricular e atlético por parte dos monitores.

Aqui o material também constitui a principal “dor de cabeça”, mas, mesmo assim, o professor Lucas sente-se motivado a continuar.

– Muitas vezes investimos nosso próprio dinheiro para os alunos abraçarem o futebol. Estamos orgulhosos porque saíram daqui jogadores como Kito, Manuelito, Pinto e Jair, hoje integrantes da selecção nacional de futebol – observou.

Jair, campeão nacional pelo Maxaquene, aproveitou a ocasião para agradecer o esforço feito naquela academia, relembrando que “a falta de material é um facto. O apoio é escasso”.

Lucas Macandza é professor de educação física e defende que os clubes não estão a tirar o devido aproveitamento do trabalho realizado nas escolas.

– Apesar de falta de formação específica como treinadores de futebol, muitos professores de educação física concentram alunos, estimulam a prática de futebol, por isso não percebo como alguns clubes nem sequer querem ouvir falar do professor, queixa-se.

Já Baltazar Cossa, participante no encontro, entende que um dos problemas básicos do desporto moçambicano é a contínua confusão entre o desporto de massificação e o desporto de alto rendimento.

– Se quisermos resultados na alta competição, temos que trabalhar no desporto de alto rendimento, não na massificação. Isso só será possível se os clubes investirem seriamente na formação.

Sugere que, uma vez os clubes revelarem-se impotentes para buscar apoios para a formação, pode ser esta altura do Governo provincial captar patrocínios e canalizar para os projectos de formação.

– Não são as escolas que vão formar jogadores para alta competição, mas sim os clubes. Se continuarmos a apostar na massificação, não chegaremos a lado nenhum, sentencia.

Porque vários intervenientes reclamaram a escassez de espaços desportivos, o director Inocêncio Paulino prometeu um trabalho coordenado com o Conselho Municipal da Matola para a protecção dos espaços desportivos.

– Vamos iniciar o registo dos espaços desportivos, e também assumimos aqui que os DUATS (Direito de Uso e Aproveitamento da Terra) são importantes.

Acrescentou que o Governo provincial vai continuar a dialogar com os clubes para implementarem programas de formação, pois, a aposta apenas em escalões superiores está a revelar-se nefasta para o desporto nacional.

Domingos Langa é patrono da Escola de Xadrez e membro do Conselho Nacional do Desporto (CND), tendo intervido na pele de representante do último órgão no encontro.

Destacou a importância do associativismo para manter a ordem nos clubes, pois, conforme sustentou, “com sócios fortes não estaríamos a assistir o que acontece na venda do património dos clubes, sobretudo campos de futebol”.

– Os dirigentes das associações provinciais só querem votar, não se documentam, e isso contribuiu para o mau desempenho das federações. Temos que ser mais exigentes para com os nossos presidentes das associações desportivas”.

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