Que no ninho da “perdiz” anda-se aos “zigue-zague”, toda a gente sabe. Aliás, esta semana, além dos ataques retomados no troço Muxúnguè-Save houve os tais ditos já com barbas brancas sobre “dividir o país ao meio”, do secretário-geral Bissopo, lá nas bandas da Zambézia.
Esta semana, “Bula Bula” foi contactado por dois ilustres deputados das hostes da “perdiz”, que queriam manifestar a sua amargura por aquilo que eles consideram “acções descabidas e de loucura” do seu líder, ao mandar retomar os ataques, numa altura em que tudo parecia controlado. Afirmam estarem também pasmados pelo decorrer da situação, pois acham que tudo aquilo que o seu partido exigia já foi devidamente acautelado, nomeadamente, a questão da paridade nos órgãos eleitorais, para evitar aquilo que eles consideram “fraudes da Frelimo”.
Afiançam que a actual situação que se vive em Muxúnguè, distrito de Chibabava, em Sofala, tem “cheiros de mão estranha” e apontam o dedo para os representantes de uma forte chancelaria ocidental nas bandas da Kenneth Kaunda, o chefe e o seu vice, que já desde Fevereiro tinham prometido que, com tais acções armadas, era possível “remover o Governo da Frelimo do poder”. Os mesmos estariam no circuito do fornecimento de fardamento e desconfia-se que também saibam algo sobre o abastecimento de armas à “perdiz”.
Segundo defenderam, por isso, Dhlakama, debilitado em termos de saúde e político, não quer ir às eleições e quer prosseguir com a actual “loucura” de atacar e matar.
Os interlocutores do “Bula Bula”, visivelmente magoados, com a situação, afirmaram que o seu líder perdeu uma soberana oportunidade de discutir as eleições em pé de igualdade com a Frelimo e o MDM, ao não indicar uma figura “mais fresca”, para concorrer às eleições, como Maria Angelina Enoque ou José Viana.
