Bula Bula

Perseguiram a galinha com o sal na mão?

Perseguir a galinha com o sal na mão, diz-se de uma pessoa que a todo o custo quer antecipar os acontecimentos ou vê tudo como se tivesse acontecido do modo como quer ou planeou, antes de a coisa suceder. É como cantar vitória, antes de entrar em campo para jogar. Assim, quando o facto se dá fora das suas cogitações, ele pensa que foi aldrabado ou enganado, enquanto foi o próprio que colocou a carroça em frente dos bois. Ou colocou a fasquia alta demais, longe do seu alcance. Vem isto a propósito do alvoroço que anda por estes dias no seio da perdiz.

É que alguns quadros seniores das hostes perdigotas, que sempre nos passam as “quentes” que ali rolam, contactaram semana finda o Bula Bulapara dizer que no dai 15 de Outubro último, aconteceu aquilo que eles sempre vaticinaram, ou seja a derrota da perdiz e do líder. Lamentaram o facto de o seu líder não os ter dado ouvidos no sentido de indicar um quadro mais fresco que ele para concorrer às eleições presidenciais à semelhança do que sucedeu no “batuque e maçaroca”.

Segundo eles, para agravar a situação, o DHL pegou no dinheiro alocado pelos parceiros da perdiz, entre gente da extrema-direita sul-africana e outros sectores ocidentais e dividiu-o com a sua sobrinha, que fazia de pivot na campanha nampulense, deixando os militantes sem meios e sem capacidade de desdobramento no terreno durante a campanha eleitoral.

Segundo os mesmos quadros seniores, ademais, em detrimento dos quadros do partido, gente que conhece o terreno e move-se bem em alguns círculos, DHL optou por “importar” estrangeiros para conceberem e monitorizar a estratégia eleitoral do partido. Por isso, cá estiveram João Santa Rita (persona non grata desde os tempos de Samora), jornalista da Voz de América, Henriques Botequilha, Afonso dos Santos, José Carlos Cruz, entre outros, muitos deles operacionais da secreta portuguesa e que vieram juntar a alguns próximos do líder.

Acrescentaram que Santa Rita, que esteve ligado também à rádio Voz de Quizumba, para além de traçar a estratégia eleitoral da perdiz, vinha organizar a cerimónia de tomada de posse de DHL e assessorá-lo na formação do seu Governo, uma vez que, embriagado com multidões de apoiantes, muitos dos quais não recenseados, pensava que tinha ali aos pés a Ponta Vermelha. Agora que o tiro lhe saiu pela culatra, esgravata argumentos sem nexo sobre uma suposta fraude, esquecendo que exigiu paridade e tem a sua gente em tudo o que em canto nos órgãos de administração eleitoral.

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