“Vuvuzela” é a denominação da exposição de 40 obras de artes plásticas, patente até ao próximo dia 24 do corrente mês, na Mediateca do Banco Comercial e Investimentos (BCI).
A exposição cuja autoria é do artista Sérgio Caixote, remete a um grito de manifestação com o objectivo de chamar à atenção ao fenómeno: valores morais versus globalização.
Segundo o artista, como sociedade temos a responsabilidade de cada vez mais melhoramos as relações humanas, sendo que esta tarefa não está em alguns apenas, mas sim em todos. “Como artista procuro ilustrar essas vivências através da pintura”, disse Sérgio Caixote.
Mais adiante disse ainda : “temos a necessidade de elevar os nossos valores morais, acreditando que os diferentes temas inspirem aos homens e mulheres a serem menos materialistas e mais humanistas de forma a tomarmos a globalização sem nos perdermos da glória do universo.”
Refira-se que ao falar dos valores morais, o artista faz alusão às relações das pessoas em sociedade, as normas ou critérios de conduta que afectam todas as áreas de actividades.
Sérgio Luís Caixote, cujo nome artístico é S. Caixote, nasceu em Maputo, a 17 de Agosto de 1971. Em 1978, por intermédio de seu pai, conheceu um casal de nacionalidade holandesa que o adoptou. Contribuiu assinalavelmente para a sua formação, facto que abriu as portas para novos horizontes até aos dias que correm.
Nos finais de 1995 descobriu-se a pintar sem grandes compromissos, mas à medida que o tempo passava, o gosto pela pintura enraizou-se e daí nasceram os primeiros trabalhos. Tem obras colecionadas em Portugal, Holanda e Itália, este último país acolheu a sua primeira exposição colectiva, intitulada “as Cores de África”, com os artistas Magupela e Mathe, na cidade de Padova, a convite das entidades municipais.
Em Maputo, participou na exposição colectiva com Afonso Macuácua, mais conhecido no meio artístico por Kheto Lualuali. E em virtude da amizade entre os dois, tiveram o privilégio de partilhar e trilhar por algumas experiências com o mundo das artes na Europa. As suas obras foram exibidas conjuntamente na Holanda e Portugal, desde então, o intercâmbio tem sido permanente com influências vivas daquilo que é a visão artística dos dois.
