Jorge Oliveira, escritor moçambicano, lançou há dias, em Maputo, o seu mais recente livro intitulado “Pneu em chamas”.
A obra é um romance de 166 páginas que retrata o cenário de um dia de uma cidade cercada por uma personagem, um pneu em chamas. Segundo o autor, o livro fala sobre as ambições, aspirações, reclamações de algumas pessoas em relação ao que se passa na sociedade.
Ungulani Ba Ka Khosa, Secretário Geral da associação Moçambicana dos Escritores (AEMO) fez a apresentação do livro. Ungulani considera que Jorge de Oliveira optou, em "Pneu em Chamas", por uma postura de envolvimento constante, preterindo a forma clássica de tempos vivos e mortos.
“O narrador "guiou-se mais pelos tempos vivos, talvez pressionado pelo tempo do romance, que se passa num dia. Ele, o narrador, envolveu tudo porque quis criar uma atmosfera asfixiante e sufocante como o fumo do pneu", explica Ungulani Ba Ka Khosa.
A publicação da obra contou com o apoio da operadora de telefonia móvel moçambicana, mcel.
Para Teodato Hunguana, Presidente do Conselho de Administração da mcel, o lançamento do livro "Pneu em Chamas" representa a "reafirmação do apoio que a operadora tem prestado à cultura moçambicana e à literatura".
Jorge de Oliveira, nascido a 2 de Abril de 1971, em Maputo, para além de "Pneu em Chamas", é autor dos romances "Dias Rasgados ao Meio", "Chapas Desordenadas", e da colectânea de contos "Quando os dias correm mal aos astros".
Foi Presidente do Conselho Fiscal, Secretário-Geral da Associação dos Escritores Moçambicanos e Coordenador, na década 90, da "Gazeta de Artes e Letras" da revista Tempo, um espaço de desfile literário obrigatório no universo da língua portuguesa na época.
