A companhia aérea de bandeira nacional, Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), fundada a 14 de Maio de 1980, celebrou, na passada quarta-feira, o 35º aniversário da sua criação, renovando a intenção de manter as atenções em relação às transformações que estão a ocorrer no mercado da aviação.
O presidente do Conselho de Administração da LAM, Silvestre Sechene, referiu-se à necessidade daquela companhia, nesta celebração dos 35 anos da empresa, tomar um posicionamento em relação ao mercado da aviação civil.
De acordo com Sechene, para lá das celebrações, há necessidade de se reinventar as “melhores formas” para que a LAM se transforme no “símbolo de Moçambique nos céus”.
Esta nossa celebração é o virar da página para os momentos que exigem mais maturidade nas nossas acções. O mercado cresce e traz consigo enormes desafios que precisam das nossas respostas na oferta do transporte aéreo, destacou o PCA da LAM.
Ainda no dizer de Sechene, mais do que aclamar o percurso da companhia, os profissionais de empresa devem se remeter a um exercício de saber conjugar a experiência acumulada com a vontade de fazer bem as coisas na aviação, através da antecipação de soluções para os desafios, não só do presente, como também os eventuais que o futuro começa a prenunciar.
Por sua vez, o administrador-delegado da LAM, Iacumba Aiuba, destacou aqueles que são os objectivos que constam do Plano Estratégico 2014-2018, como a padronização dos serviços de terra e a bordo, a consolidação dos certificados ISO de IOSA em termos de segurança e a oferta de frequência com horário conveniente para os passageiros.
Consta ainda como objectivos da empresa, a necessidade de colocar no mercado aeronaves que estejam de acordo com a expectativa dos clientes, introdução de sistemas electrónicos que facilitem a compra de bilhetes, nas lojas de vendas, bem como de entretenimento a bordo.
Para a materialização daqueles objectivos, Aiuba destacou como acções a aquisição de três “Boeing -737” da nova geração, que deverão ser entregues a partir do próximo ano, a incorporação na frota, a partir deste ano, de duas aeronaves de capacidade média, o recrutamento e formação de tripulantes para os modelos operados na frota, assim como o recrutamento de técnicos de manutenção de aeronaves, oficinas aeronáuticas, engenharias, e outros serviços de apoio à manutenção.
Tal como revelou o administrador-delegado, prevê-se, ainda, a introdução de um novo sistema de reservas e aceitação no check-in e a operacionalização de plataformas que permitem a aquisição de passagens em qualquer lugar, por internet ou por telemóvel.
No que diz respeito ao transporte de passageiros, destaque vai para a necessidade de expansão no mercado, através da abertura de novas rotas e aposta na realização de voos para a maior parte das cidades capitais da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral).
Para este ano, a LAM quer assegurar que os seus trabalhadores usem o SMS (Safety Management System), conhecido por sistema de gestão de segurança operacional.
Na cerimónia comemorativa dos 35 anos, o Conselho de administração da LAM condecorou os trabalhadores com um percurso exemplar, com 20 e mais de 35 anos de serviço, em reconhecimento pela sua dedicação e empenho em prol da empresa.
A empresa Linhas Aéreas de Moçambique foi criada em 1980, fruto de transformação da então DETA (Divisão de Exploração dos Transportes Aéreos), tendo inicialmente sido constituída como Empresa Estatal.
