Os moçambicanos vão parar hoje por algumas horas para recordar o desaparecimento físico de Samora Moisés Machel, que perdeu a vida a 19 de Outubro de 1986, vítima do acidente aéreo.
Vinte e oito anos depois, os moçambicanos ainda aguardam com enorme expectativa os resultados sobre as causas do acidente aéreo que vitimou o primeiro presidente de Moçambique independente, Samora Moisés Machel.
Entretanto, anualmente deslocam-se à região de Mbuzini, na África do Sul, local onde despenhou o avião presidencial, esperançosos de ouvir novidades sobre os motivos que vitimaram o proclamador do Estado moçambicano.
A região de Mbuzini fica na província de Mpumalanga a cerca de 100 quilómetros, através da entrada da fronteira de Ressano Garcia e a uns 50 a partir da vila fronteiriça da Namaacha.
Depois do incidente aéreo, a região passou a ser referência obrigatória para África Austral em particular e o mundo em geral, de tal forma que sempre que chega o dia 19 de Outubro é visitada por pessoas de várias nacionalidades.
Em resultado disso, os governos sul-africano e moçambicano decidiram erguer em Mbuzini um monumento em homenagem às 34 pessoas que perderam a vida naquele trágico acidente aéreo. O mesmo foi inaugurado em 1998.
O memorial é constituído por trinta e quatro barras, representando as vítimas, um recinto onde estão depositados os destroços do avião, com destaque para os motores, um museu, bancada e um alpendre para albergar as altas individualidades nos dias de cerimónia, para não falar de um espaço verde, onde também podem ser vistos outros destroços da aeronave que transportava o estadista moçambicano.