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Terminal de Benfica passa para a história

Por admin

Uma concertação tripartida envolvendo os municípios de Maputo, Matola e Associação dos Transportadores de Maputo (ATROMAP) determinou que os transportes semicolectivos de passageiros passam oficialmente, desde a última segunda-feira, a terminar no Zimpeto.

A medida entrou em vigor graças à inauguração da nova terminal de passageiros para servir a diversas rotas da capital, Matola e Marracuene. 

Assim, Benfica, Missão Roque e Drive-In, todas localizadas ao longo da Avenida de Moçambique, cidade de Maputo, deixaram de ser terminais dos semicolectivos de passageiros, vulgo “chapas”.

Os transportadores deverão, de imediato, mudar a faixa de destino trocando a do Benfica por Zimpeto/ Drive-In, Matendene ou Mahlazine em função das respectivas escolhas, enquanto esperam pela alteração da licença.

Segundo o director de Transportes no Município de Maputo, Carlos Diante, a medida visa criar condições em termos de infra-estruturas para o funcionamento dentro dos parâmetros da postura urbana.

“A maior parte das terminais funciona em locais descampados, sem condições para embarque e desembarque de passageiros”, explicou Diante.

Ressalvou que com a eliminação das três terminais, espera-se que reduza o congestionamento do tráfego e acidentes de viação (sobretudo atropelamento de peões) ao longo da Estrada Nacional Número Um (EN1) devido ao mau estacionamento dos “chapas”.

“O caso mais grave verificava-se no Benfica, onde a terminal estava junto de um entrocamento onde circulam centenas de peões sob todos os riscos”, disse o nosso entrevitado.

Carlos Diante acrescentou que, como medida de precaução, o município de Maputo deixou de atribuir licenças que solicitavam a terminal em Benfica há dois anos.

O QUE DIZEM OS “CHAPEIROS”?

domingosaiu à rua para ouvir o sentimento daqueles que no dia-a-dia transportam passageiros de casa para as tarefas do quotidiano.

Nelson Pedro, motorista na rota Benfica/Museu, contou que recebeu um documento das autoridades municipais que referia que a partir do dia 4 de Novembro todos os transportadores de semicolectivos de passageiros deviam terminar no Zimpeto.

O mesmo documento referia que até dia 11 do mês corrente todos carros que ostentam a faixa de inscrição até Benfica e Missão Roque deveriam mudar, optando por “Drive-In, Matendene ou Mahlazine.

Pedro assegurou que iria mudar, mas ainda estava em fase de teste sobre a terminal a escolher, em função do movimento. “Pela indicação que tenho do primeiro dia a ir para o Zimpeto, tenho de atestar o veículo de combustível no valor de dois mil meticais, contra os 1500 quando terminava no Benfica”, disse o nosso entrevistado.

Beto Manhiça, que opera na rota Missão Roque/Xipamanine, disse que Zimpeto não fica distante, porém existe o que pode minar a colecta de receitas: o congestionamento do tráfego que pode fazer com que cada viagem dure acima de uma hora.

“Em termos normais, sem congestionamentos, faço a viagem de Xipamanine ao Benfica em 30 minutos e para chegar ao Zimpeto mais 15 minutos”, explicou. 

Manhiça reconhece que a distância aumentou e que isso terá influência no combustível a abastecer, mas vê vantagem em termos de número de passageiros na nova terminal do Zimpeto.

Para Isaías Menete, que opera na rota Benfica/Museu, a mudança de terminais resulta de uma decisão do Conselho Municipal, competindo a ele cumprir com as regras de jogo.

O nosso entrevistado está ciente de que o percurso tornou-se mais longo ( mais quatro quilómetros), mas o valor a pagar pela viagem mantém-se. Apelou às autoridades no sentido de analisarem as implicações que os transportadores podem sofrer ao nível de combustível.

TERMINAL PARA120 VIATURAS

A Terminal Rodoviária do Zimpeto, localizada entre o Estádio Nacional e o Mercado Grossista, foi inaugurada na última segunda-feira pelo presidente do Conselho Municipal, David Simango, sendo que com a sua entrada em funcionamento todas as viaturas de transporte semicolectivo de passageiros que iam para Benfica e Missão Roque devem terminar ou partir do Zimpeto.

Com capacidade para 120 viaturas, a nova terminal é composta por cinco alpendres com duas pistas cada, intercaladas por bancos para passageiros, ainda em colocação.

A terminal rodoviária conta ainda com posto policial, bloco administrativo, lojas de conveniência e bombas de combustível, resultantes de parceria com uma empresa privada.

“Terminal” de Mulahuze gera controvérsia

Após a entrada em funcionamento da nova terminal do Zimpeto alguns transportadores provenientes do município da Matola optaram por converter a ponteca do rio Mulahuze em terminal rodoviária.

Carlos Diante aproveitou a oportunidade para garantir que aquela ponteca não dispõe de condições para servir de terminal dos semicolectivos de passageiros.

“Há transportadores que ainda estão indecisos sobre a sua nova terminal, entre Praça dos Combatentes, Mahlazine e Zimpeto. Contudo, ninguém poderá terminar no Benfica”, vincou o director.

Jaime Cumbana

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1 comment

kontol kuda 5 de Março, 2024 - 21:24

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