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Assunto por esclarecer

Por admin

A grande quantidade de raias encontrada pelos pescadores , na quarta-feira última, na praia da Costa do Sol, em Maputo, continua a alimentar inúmeras hipóteses e especulação.

 A tese sustentada por alguns biólogos ouvidos pelo domingo é a de que aquela espécie de peixe pode ter imigrado para aquela zona para acasalamento. É que diferentemente dos peixes ósseos, as raias copulam, sendo a fecundação interna. Posteriormente, os ovos são libertados na água, envoltos em bolsas coriáceas. O desenvolvimento dos ovos é muito lento, podendo demorar mais de um ano e meio, quando então eclodem os alevinos. Com esta percurso de reprodução, a sua população vai minguando, sobretudo pela acção do homem, tendo a espécie se tornado protegida.

Outra opinião vai no sentido de que as raias poderão ter sido surpreendidas com a súbita subida da maré ou mudança da corrente marítima e foram arrastados para a costa, quando procuravam alimento, isto porque apesar de um número grande de raias se alimentarem de animais presentes no sedimento como crustáceos e moluscos, há as que se nutrem “simpatia” por pequenos peixes.

Outros entendidos na matéria, com argumento sólido, escusaram-se a emitir qualquer opinião sob o argumento de que para tal tinham de conhecer a espécie de raia que foi dar à Costa do Sol.

Com efeito, existem trezentos e cinquenta espécies de raias nos oceanos e rios do mundo, divididas em sete famílias, Pristidae, Dasyatidae, Myliobatidae, Torpedinidae, Rajidae, Mobulidade e Rhinobatidae.

Apesar da grande maioria das raias ser bentónica, ou seja, viver no fundo da água, existem algumas poucas espécies mais adaptadas à vida pelágica, como é o caso da famosa raia jamanta (Manta birostris). As raias são animais, na sua grande maioria, sedentários, vivendo enterrados ou sobre fundos de areia ou lodo.

A raia jamanta pode atingir oito metros de largura por cinco metros de comprimento e mais de três toneladas de peso. Apesar de seu tamanho, alimenta-se de microorganismos planctónicos e pequenos peixes que captura nadando de boca aberta e direccionando com os dois grandes lobos carnosos (nadadeiras cefálicas) presentes na frente da cabeça.

De recordar que há sensivelmente dois meses na zona da praia da Costa do Sol foram vistos tubarões o que intrigou meio mundo porque, em princípio, não é zona de ocorrência daquele tipo de espécie.

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