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Universidades apertam o cerco aos assediadores

Por Idnórcio Muchanga

TEXTO DE CAROL BANZE

CAROL.BANZE@SNOTICICAS.CO.MZ

FOTOS DE CARLOS UQUEIO

Em reacção à ocorrência “cada vez mais frequente” de casos de assédio sexual no ensino, algumas universidades vêm esmerando-se na criação de plataformas de denúncia, de forma a apertar o cerco aos infractores. A título de exemplo, a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) criou a linha verde, 800414414, através da qual são feitas as denúncias, e, em 2022, concluiu e aprovou um regulamento de prevenção deste tipo de crime. Nesta perspectiva, todo o trabalho é realizado em concertação com o Gabinete Jurídico, sendo que “os casos de assédio sexual são encaminhados para este gabinete e há sanções previstas, aplicadas a este tipo de transgressões”, disse ao domingo Gracinda Mataveia, directora do Centro de Coordenação de Assuntos de Género daquela Instituição de Ensino Superior (IES).

Entretanto, a seu espaço, a Universidade São Tomás de Moçambique, instituição privada de ensino superior, está igualmente com as atenções viradas para o combate a este mal. Com efeito, a adopção de algumas medidas tais como a criação de uma linha verde 866000188 e outras acções emanadas ao nível da administração já trouxe resultados palpáveis, como referiu António Tafula, porta-voz e docente. A título de exemplo, declarou que “já foram expulsos professores assediadores” e actualmente a ordem é funcionar de atenção redobrada.

FECHAR-SE EM COPAS

Que o crime de assédio se tornou uma dor de cabeça nas instituições de ensino é facto incontestável. Ainda assim, foi notável durante a ronda feita em várias universidades da capital do país uma tendência à retracção na abordagem deste assunto. Apenas para que se tenha uma ideia, o domingo foi submetido a um verdadeiro “pingue-pongue” que resultou num levantamento limitado de dados sobre o assunto, inclusive em algumas universidades públicas.

Mas quem se encontra no lugar de assediado sente na pele as consequências do “tanto-faz”. O ponto é que para se livrar da implicância, perseguição, dos convites a altas horas da noite ou pela madrugada adentro requer a conspiração de tudo e a cooperação de todos: a comunidade académica, num trabalho conjunto com outros segmentos da sociedade, sendo a imprensa uma das peças fundamentais. Leia mais…

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