Os trabalhos deste congresso tiveram alguns aspectos de arrepiar os congressistas, sobretudo no seu primeiro dia em que a logística montada não foi ao encontro das expectativas da
moldura humana que para lá se deslocou ansiosa em testemunhar “in loco” o arranque do evento.
Basta por exemplo, dizer que apenas tinham sido improvisados três casas de banho móveis para atender os cerca de 900 participantes, entre delegados, convidados e pessoal de apoio, para não falar de meia centena de profissionais da comunicação social destacados para aquele congresso.
A título de exemplo, os dísticos e outros materiais de propaganda foram montados a escassas horas do início dos trabalhos. O mesmo aconteceu com as tendas reservadas para as refeições, que deviam albergar cerca de 700 pessoas, entre delegados e convidados.
Por causa desta desorganização, eram notórios os nervos à flor da pele de alguns delegados. A situação só veria a ser ultrapassada com a intervenção do chefe do gabinete central de preparação deste congresso e membro do Conselho Nacional, José Domingos Manuel, que tratou de encaminhar os delegados para outros lugares onde tomariam as refeições.
Ainda no capítulo da (des)organização há a destacar o facto de algumas delegações terem sido transferidas dos locais onde tinham sido previamente alojados, nomeadamente, parte dos congressistas oriundos das províncias de Maputo, Cabo Delgado e Zambézia. Confrontado com esta situação, o responsável pela logística, José Domingos Manuel explicou que tal deveu-se ao excesso do número de delegados inicialmente previstos. “ Então, como uma solução definitiva, tivemos que lhes levar para alguns lares, porque o partido não tem dinheiro para alojar todos os congressistas em hotéis ou lugares similares”.
Quem não esteve para brincadeiras e esteve permanentemente no local do congresso desde o primeiro dia, foram as forças da lei e ordem e membros da Cruz Vermelha de Moçambique (CVM).