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Nyusi regressa ao local do baptismo

Por admin

Milhares de fiéis católicos celebraram ontem em Mueda, Cabo Delgado, o jubileu de 75 anos da Missão de Santa Teresinha do Menino Jesus de Imbuho, um acto testemunhado pelo Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, que regressou assim ao local onde recebeu o baptismo a 16 de Setembro de 1959.

A Paróquia de Imbuho foi pequena para receber milhares de crentes da igreja católica que para lÁ se deslocaram para participar nas celebrações das bodas de diamante da Missão de Santa Teresinha de Menino Jesus de Imbuho.

Entoando cânticos de louvor a Deus e agradecimento pelo dom da vida, os cristãos celebraram com emoção e alegria fascinantes os 75 anos da fundação daquela igreja católica onde foi baptizado Filipe Nyusi.

É que a mesma tem um significado muito especial não só para o próprio estadista moçambicano assim como para o povo moçambicano uma vez ser naquele lugar onde foram formados vários quadros que participaram na luta de libertação nacional.

Entre as individualidades formados naquela igreja, para além do actual Chefe do Estado, há que destacar os veteranos da luta armada de libertação nacional, entre eles, Alberto Chipande, Raimundo Pachinuapa, Marina Pachinuapa, Salvador Ntumuke, Ministro da Defesa, que estiveram presentes no acto, entre outros  combatentes.

Porque o dia era mesmo de festa, as celebrações iniciaram com o acender da vela do jubileu na actual igreja em reconstrução uma vez que a antiga foi se degradando com o tempo.

Depois do acender da vela, seguiu-se uma procissão de cerca de um quilómetro para o local da celebração eucarística próximo de onde havia sido construído o primeiro edifício da missão. Trata-se de um local rodeado de frondosas mangueiras que dada a sua idade já nem dão frutos.

Dirigindo-se aos presentes, o Chefe do Estado afirmou que era com grande emoção que voltava a terra onde nasceu e forjou vários homens cuja trajectória está intrinsecamente ligada à história da libertação do país do jugo colonial português.

Filipe Nyusi reafirmou o seu compromisso de tudo fazer para que a paz prevaleça nos pais ao mesmo tempo que convidou a sociedade a estar em uníssono neste objectivo para o bem da nação.

Aliás, o Presidente da República exortou o povo moçambicano a não alinhar com as ideias daqueles que pretendem a divisão do país.“Foi com uma visão sábia que os nossos compatriotas partiram para a luta, depois de numa primeira fase terem dialogado com os colonialistas. O nosso compromisso continua a ser o diálogo para a resolução das diferenças”.

No entanto, Filipe Nyusi lamentou o facto de as conquistas do povo e sobretudo os esforços em curso para o desenvolvimento do país não serem compensados com uma paz duradoira.

Segundo defendeu, reina uma certa impaciência no seio de uma minoria que a todo custo tenta obstruir as acções em curso visando trazer de volta o sossego para os moçambicanos. “Reina o medo e a ganância pelo poder e riqueza nem que para isso alguns sacrifiquem os nossos compatriotas”, disse Nyusi.

Para contrariar essa prática, o Presidente da República desafiou a sociedade a reflectir sobre a paz, através de desencadeamento de acções concretas. “Temos que orar e perdoarmo-nos chamar a todos para os mesmos objectivos sem desconfiança nem exclusão para que todos participarmos no projecto da paz”.

E continuou: “As armas nunca terminam uma guerra ou trouxeram a paz a não ser destruição do tecido humano e social. A confiança tem que reinar no seio dos moçambicanos que devem ter no diálogo a única forma de resolver as diferenças”.

 Por seu turno, o arcebispo da diocese de Pemba Dom Luís Fernando Lisboa disse na sua homilia que não há paz sem justiça apelando à sociedade a pautar por actos que dignificam o ser humano.

Segundo afirmou há que despir todas as atitudes contrárias à comunhão entre o povo de Deus e pautar pelo respeito e tolerância mútuas no sentido de trazer de volta a dignidade e harmonia social.

No entender daquele prelado há que libertar as mentes das pessoas, de modo a que a sociedade comungue os mesmos ideais, sobretudo abandonar a escravatura, que na sua óptica, na actualidade acontece na exploração desenfreada dos recursos naturais dispersos pelo país.

 Fazendo citações do Papa Francisco, o bispo de Pemba disse que o sumo pontífice apela na sua encíclica para que se proteja a natureza ao mesmo tempo que roga as entidades para que zelem pela vida daquelas pessoas que se dedicam ao garimpo.

“Hoje precisamos de desenvolver acções para que os moçambicanos tenham emprego condigno e que a prostituição infantil e a exclusão social passem para história. Estabelecer a igualdade e devolver a dignidade da vida humana, isto é, perdoarmo-nos uns aos outros e fazer a redistribuição equitativa da riqueza”,disse Dom Luís Fernando.

BREVE HISTORIAL DA MISSÃO

A missão de Santa Teresinha do Menino Jesus do Imbuho foi fundada a 21 de Fevereiro de 1940 pelos missionários holandeses e oficializada a 3 de Outubro do mesmo ano por uma carta emitida pela diocese de Nampula.

 A mesma havia sido encerrada a 23 de Março de 1965 devido à eclosão da guerra de libertação nacional para evitar que os padres mantivessem contactos com os guerrilheiros da Frelimo.

Passados 25 anos, a missão foi reaberta num processo que iniciou em 1993 e terminou em 2010 estando neste momento em fase de revitalização e reposição de infra estruturas.

O turismo é indústria de paz e veículo de diálogo

– afirma Presidente da República por ocasião da inauguração de uma estância turística em Mecufi, província de Cabo Delgado

O Presidente da República Filipe Jacinto Nyusi desafia os investidores do ramo turístico a privilegiarem de forma continua a qualidade e excelência dos serviços de modo a consolidar a posição de Moçambique no mapa turístico mundial. “O turismo aproxima as pessoas e as Nações é grande veículo de diálogo, uma indústria de cadeia de valores de forma integrada”, disse o Chefe do Estado.

Segundo defendeu o turismo é uma das actividades humanas mais secular com grande poder aglutinador e une os homens de diferentes culturas e sensibilidades tornando-os mais tolerantes as diferenças socioculturais, étnicas ou religiosas.

Filipe Nyusi falava sexta-feira última em Mecufi por ocasião da inauguração da Diamond Mecufi Beach Resort. Afirmou que aquela estância era mais uma marca registada inscrita na bela baia de Pemba, por sinal a terceira maior no mundo.

Para o Presidente da República a indústria turística é autêntica fábrica de emprego e uma das formas presentes de oportunidades para a produção de rendas defendendo deste modo a preferência na mão-de-obra local.

O outro aspecto a ter em conta neste ramo é a necessidade de se privilegiar a produção local tendo em vista a incentivar os camponeses e ou pescadores a fornecer mais produtos e de boa qualidade.

“O grande campeão é o povo, que venderá próximo o seu pescado que aprenderá e servirá o turismo, o motorista que trará o viajante, as transportadoras rodoviárias e aéreas, todos são os maiores ganhadores”,disse Filipe Nyusi acrescentando que esta aérea estimula a procura de outros serviços e dinamiza a agricultura, indústria alimentar, construção civil, serviços financeiros e os transportes e comunicações. 

Domingos Nhaúle

 

Nhaule2009@gmail.com
Fotos de Acamo Maquinasse

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