Os três representantes da Sociedade Civil na Comissão Nacional de Eleições (CNE) incluindo os seus suplentes poderão ser conhecidos até ao dia 21 de Abril próximo, logo que terminar a sessão de
entrevistas que serão conduzidas pela comissão ad-hoc criada para o efeito, quarta-feira última, pela Assembleia da República.
A referida Comissão ad-hoc é composta por quatro deputados indicados pela bancada da Frelimo e um do grupo parlamentar do Movimento Democrático de Moçambique (MDM). A Renamo, que boicotou o acto de indicação dos referidos membros, escusou-se de indicar dois elementos para integrarem a Comissão alegadamente por não concordar com alguns aspectos da Legislação Eleitoral recentemente aprovada pelo Parlamento.
Segundo Alfredo Gamito, presidente da Comissão de Administração Pública, Poder Local e Comunicação Social, a eleição dos membros da CNE via Parlamento constitui uma grande inovação, uma vez que outrora os membros da Sociedade Civil eram eleitos pelos membros da CNE.
Aliás, Gamito explicou que se pretende acabar com as reclamações de alguns círculos de opinião pública que não viam com bons olhos o anterior método de selecção que preconizava que a selecção e entrevista dos representantes das organizações da sociedade civil fosse feita por membros da CNE.
Falando especificamente da comissão ad-hoc a mesma fonte referiu que de acordo com o mandato conferido, a mesma tem um prazo de 30 dias, contados a partir da data da entrada em vigor da resolução que aprova a sua criação, para apresentar os resultados do trabalho a efectuar.
Em princípio a Comissão irá apresentar um cronograma de actividades dividido em duas partes, sendo que os primeiros 15 dias serão para apresentação das candidaturas e os outros subsequentes para a sua análise.
A Comissão é composta pelos seguintes deputados: Carlos Moreira Vasco, Fátima Luís Madeira, António José Amélia, Danilo Amarcy Ragú, (indicados pela bancada da Frelimo) e Geraldo de Carvalho do grupo parlamentar do MDM.
