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Guebuza aponta mão-de-obra qualificada como desafio para o país

Por admin

O Presidente da República (PR), Armando Emílio Guebuza, referiu na última quinta-feira que nas reflexões feitas pelo Executivo ficou concluído que os desafios do emprego na actual conjuntura do país estão intimamente ligados à exiguidade da mão-de-obra qualificada.

O Chefe do Estado deixou estas palavras durante o seminário da Conferência Internacional sobre o Diálogo para o Emprego em Moçambique, que teve lugar na cidade de Maputo.

O encontro tinha como objectivo trazer ideias sobre o actual estágio de desenvolvimento do país e perspectivar os passos a seguir para que esse progresso se traduza na criação de mais empregos para os Moçambicanos.

Para fazer face ao desafio de emprego, o Presidente da República disse que foram introduzidas reformas na educação técnico profissional que consistem na mudança do paradigma de formação com base na oferta, passando-se a formar com base na procura.

Para esta estratégia, o Estado conta com o envolvimento do sector produtivo, uma vez que é o ramo laboral que detém o domínio dos perfis profissionais de que carece.

Na mesma linha, houve também a introdução de novos currículos; o aumento do número de jovens graduados e habilitados para concorrer e vencer no mercado laboral, assim como para dirigir-se pelo auto-emprego.

Segundo o Chefe do Estado, estas reformas começaram a trazer resultados encorajadores, destacando de entre várias inovações, as obras de construção, reabilitação e apetrechamento de institutos e centros de formação profissional.

Sustentando, a estratégias do Governo, a Ministra de Trabalho, Maria Helena Taipo, referiu na ocasião que não se pode ter um desenvolvimento sustentável se o mesmo não for centrado no capital humano.

Para Taipo, o valor do investimento reside na qualidade do trabalhador que deve estar dotado de capacidade para promover a produção e a produtividade, uma vez que, do ponto de vista político, económico e social, é insustentável depender da mão-de-obra estrangeira.

“O investimento que o país está a receber nesse contexto, só pode ser sustentável se gerar empregos, através da formação profissional dos moçambicanos, porque o nosso mercado não pode depender, eternamente, de mão-de-obra estrangeira”, referiu a ministra.

Na alocução, lembrou que é preciso garantir que as empresas multinacionais cumpram as normas internacionais e as leis nacionais; que se fortaleça os vínculos com a economia local, bem como a melhoria das capacidades das empresas locais.

ECONOMIA MEDIA

É DE 7 PORCENTO POR ANO

O Presidente da Republica, Armando Guebuza referiu que Moçambique tem vindo a registar um crescimento económico médio de 7 por cento ao ano. O mesmo tem sido gerado em grande medida pelos sectores agrícola, industrial, transportes e comunicações, turismo, pescas, entre outros.

Nesses sectores da economia nacional geram-se postos de trabalho e criam-se oportunidades para o autoemprego.

“Mais recentemente, a indústria extractiva entrou mais firmemente na nossa matriz de geração de postos de trabalho, mobilizando maior atenção da sociedade em virtude dos elevados volumes de investimentos necessários para a sua viabilização e sustentação”, referiu o Chefe de Estado.

Acrescentou que no contexto da geração de postos de trabalho, o Governo tem dado prioridade à adição de valor aos produtos nacionais, em toda a sua cadeia.

“Deste modo, também impulsionamos a industrialização na nossa Pátria Amada e criamos as condições para uma crescente diversificação da nossa economia. Uma das nossas acções, viradas para a criação de mais postos de trabalho, ficou historicamente conhecida por “sete milhões”, pois hoje os distritos recebem muito acima desse valor”, sustentou.

 

Abibo Selemane

Fotos Cortesia do Gabinete de Imprensa da Presidência da República

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