O Governo vai disponibilizar este ano cerca de 90 milhões de meticais para 20 municípios já seleccionados nas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala, Manica e Tete, para a execução de projectos autárquicos.
Trata-se dos municípios de Matola, Manhiça, Namaacha, Macia, Chókwè, Xai-Xai, Mandlakazi, Chibuto, Inhambane, Massinga, Maxixe, Vilanculo, Gondola, Manica, Chimoio, Cantandica, Tete, Ulónguè, Moatize, Corongosa, entre outros.
A medida do Governo visa permitir que as autoridades municipais possam colocar em prática os seus projectos com vista a melhorar a qualidade e condições de vida das comunidades, assim como na produção de riqueza.
Os valores servem igualmente para contribuir de modo a concretizar as metas económicas e sociais de alívio à pobreza preconizadas pelo Governo moçambicano através do reforço da capacidade dos municípios.
O fundo será destinado, em grande parte, aos projectos de reabilitação ou construção de infra-estruturas públicas como mercados, estradas, valas de drenagem, combate a erosão, entre outras.
O vice-Ministro da Administração Estatal, José Tsambe, falando na cerimónia do lançamento do projecto, lembrou que as mudanças climáticas são já realidade no país.
O fenómeno obriga as autoridades a estudarem novas estratégias para que os seus efeitos não interfiram nos seus planos.”Temos estado a assistir ao aumento da frequência e da intensidade de eventos extremos que afectam as nossas urbes, as comunidades e isso obriga-nos a adaptarmo-nos e alterarmos o nosso modo de vida”, referiu.
Tsambe referiu que o apoio dos parceiros de cooperação vai continuar a ser importante para a efectivação das medidas traçadas com vista a mitigar o impacto das mudanças climáticas sobre os centros urbanos do país.
Entretanto, a coordenadora do programa, Francisca Macie, falando a jornalistas, referiu que este é o segundo ciclo do projecto, e nele serão desembolsado três milhões de meticais.Lembrou ainda que, no ano passado, foram disponibilizados 2.5 milhões para o mesmo efeito.
Recorde-se que o projecto está em curso desde ano passado e conta com o financiamento do Governo moçambicano e do Banco Mundial. Espera-se que o financiamento possa prolongar-se até 2017.