O Presidente do Conselho Municipal de Maputo, David Simango, garantiu, sexta-feira última, em Maputo, o cumprimento das promessas efectuadas durante o período de campanha eleitoral com destaque para o melhoramento do serviço de transportes públicos por via da aquisição de novos autocarros, estabelecimento de um serviço de metro;
alargamento do abastecimento de água há mais bairros periféricos da cidade de Maputo, de entre outras acções que concorrem para o melhoramento do bem-estar dos munícipes e desenvolvimento da própria autarquia.
Simango, que falava instantes depois do seu empossamento na sequência da sua reeleição para um segundo mandato de cinco anos como edil do Município de Maputo, reiterou ainda o compromisso de prestar particular atenção aos espaços públicos e sua utilização.
O edil reeleito entende que tal exercício passa por se encontrarem consensos entre todos os utilizadores dos espaços públicos com vista a melhorar e disciplinar a actividade do sector informal que, segundo estimativas do Município de Maputo, representa 60 por cento do emprego nesta autarquia.
“A ideia é garantir que este sector continue de forma segura com a sua actividade; que continue a contribuir para o desenvolvimento da nossa economia sem perturbar as actividades dos outros sectores tais como o comércio formal, a circulação pedonal e rodoviária, estacionamento, espaços verdes da cidade. Para tanto prosseguiremos com as actividades já iniciadas tendentes a requalificar e reabilitar os mercados para os tornar mais atractivos e com mais espaço para mais operadores.”
O Edil de Maputo pontuou o seu primeiro discurso na necessidade de haver uma estreita colaboração entre o órgão por ele dirigido e a Assembleia Municipal, realçando que “se impõe que caminhemos juntos e unidos sem qualquer tipo de distinção quer seja de cor partidária, raça ou de outra índole”.
Conforme referiu Simango, os cidadãos de Maputo decidiram confiar os destinos da capital do país a um partido e seu candidato mas “mais do que confiar neles os munícipes mostraram confiança num projecto de governação com o qual se sentem identificados e satisfaz os seus mais legítimos interesses e necessidades.
Assumo-me presidente de todos maputenses, independentemente das suas cores políticas ou de qualquer outro elemento de distinção. Isso apresenta o desafio de ir ao encontro de todas as expectativas e ansiedades. Acima de tudo, coloca-se o desafio de promover a convergência de ideias, projectos, planos e de sonhos para a nossa bela cidade das acácias”.
Simango comprometeu-se ainda a agir decididamente, com a colaboração de todos munícipes, para fazer de Maputo a referência da mudança, de desenvolvimento e de todos que nela residam, trabalhem ou visitem, pelo que “urge que façamos uma revisão dos mecanismos de participação política para assegurar que as organizações, partidos e munícipes sem excepção possam participar e contribuir para o presente mandato.
Não há tempo nem condições para excluir ninguém. Temos todos de contribuir de forma responsável e com respeito pelas diferenças saudáveis para a construção do presente e do futuro do nosso município. Temos, pois, consciência de que daí nasce a riqueza das reflexões e a maturidade das decisões”, referiu Simango.
ABSTENÇÃO PREOCUPANTE
Entretanto, o Edil de Maputo manifestou a sua preocupação em relação aos altos índices de abstenção nas últimas eleições autárquicas, particularmente, no círculo eleitoral da cidade de Maputo, onde quase metade dos 614.671 eleitores inscritos absteve-se de ir às urnas exercer o seu direito cívico (cerca de 42 por cento).
Para Simango este índice de abstenção divulgado pelos órgãos leitorais é um sinal de autoafastamento dos cidadãos em relação aos grandes e decisivos momentos políticos, pois “é preocupante que cerca de metade de eleitores, embora se identifiquem com um e outro projecto político, decida não participar de forma concreta e objectiva na vida democrática do seu município e seu país”.
“Cabe a todos nós mudar esta situação contribuindo com a nossa governação participativa e inclusiva para que cada vez mais munícipes participem nos processos de governação e na vida política da nossa sociedade. Temos a obrigação de dignificar os cargos para os quais fomos eleitos, de honrar as nossas promessas e os órgãos que representamos e de assumir com responsabilidade a questão do bem comum e do bem-fazer pelos nossos munícipes melhorando a sua qualidade de vida, a sua cidade e, acima de tudo, tornar visíveis as mudanças e o desenvolvimento”, disse Simango.
Participaram no acto de posse do edil reeleito para o Município de Maputo centenas de convidados com destaque para edis de municípios de alguns países da região, nomeadamente Mbabane, Gaberone e Luanda, bem como o Secretário-geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), membros do corpo diplomático, de entre outras individualidades, membros e simpatizantes do partido Frelimo.
